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Indústria brasileira aposta em tecnologia de captura de carbono e investe mais de R$ 100 milhões
Publicado 26/05/2025 • 06:01 | Atualizado há 5 meses
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Publicado 26/05/2025 • 06:01 | Atualizado há 5 meses
KEY POINTS
A medida impulsiona a compra de máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos novos, beneficiando 25 atividades econômicas do setor industrial.
Pexels
A indústria brasileira tem investido mais de R$ 100 milhões em projetos de pesquisa para desenvolver tecnologias de captura, utilização e armazenamento de carbono (CCUS, na sigla em inglês), segundo dados da organização CCS Brasil, que integra o estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
A estratégia busca reduzir emissões em setores de difícil descarbonização, como cimento e siderurgia. De acordo com o levantamento, essas tecnologias têm potencial para cortar em até 57% as emissões de gases de efeito estufa (GEE) da indústria nacional.
O estudo, que faz parte do estudo “Captura, utilização e armazenamento de carbono (CCUS): experiências internacionais e o potencial brasileiro”, analisa casos de países como EUA, China, Canadá e União Europeia e destaca que, apesar de o Brasil ainda estar em estágio inicial, há potencial técnico e institucional para avançar na área.
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Hoje, há cerca de 45 instalações comerciais de CCUS em operação no mundo, com capacidade de capturar mais de 50 milhões de toneladas de CO₂ por ano. Só entre 2022 e 2023, dez novas plantas foram inauguradas, principalmente na China e nos EUA.
Mesmo com esse avanço, o ritmo atual é insuficiente: a Agência Internacional de Energia (IEA) calcula que, para atingir a meta de emissões líquidas zero até 2030 (cenário Net Zero), seria necessário capturar 1,2 bilhão de toneladas por ano. A capacidade dos projetos em desenvolvimento cobre apenas 40% desse volume.
“O sucesso desses projetos nos países analisados está ligado à coordenação entre indústria e governo, que criaram um ambiente regulatório estável e com incentivos à inovação. O Brasil tem capacidade geológica e técnica para seguir esse caminho”, disse Davi Bomtempo, superintendente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI.
Existem três principais rotas tecnológicas para captura de carbono:
Após a captura, o CO₂ é comprimido, transportado (por dutos, navios ou caminhões) e armazenado em formações geológicas profundas.
Em alguns casos, ele também pode ser utilizado na produção de combustíveis sintéticos, materiais de construção, insumos químicos e até mesmo em processos da indústria alimentícia.
No entanto, o uso final nem sempre representa uma solução de armazenamento permanente.
Nos Estados Unidos, por exemplo, mais de 8 mil km de dutos já transportam cerca de 70 milhões de toneladas de CO₂ por ano, evidenciando o potencial de infraestrutura integrada.
O estudo da CNI recomenda uma série de ações para acelerar o desenvolvimento da tecnologia no país:
Atualmente, quatro projetos de pesquisa e desenvolvimento em CCUS são conduzidos por Institutos SENAI de Inovação, em parceria com indústrias e centros de pesquisa.
A meta é garantir domínio tecnológico nacional em soluções de captura e uso do carbono, com investimentos que ultrapassam R$ 100 milhões.
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