Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC no
OPEP enfrenta perda de influência diante de avanço da produção fora do cartel
Publicado 28/05/2025 • 17:30 | Atualizado há 2 meses
Ex-altos funcionários alertam que plano nuclear de Trump enfraquece regulação e aumenta riscos à segurança
Meta e Google constroem rede global de cabos submarinos: entenda o que está por trás da operação
Músicas geradas por IA estão viralizando: a indústria da música deveria se preocupar?
Uber fecha acordo de seis anos com a Lucid para robotáxis e investe US$ 300 milhões em empresa de veículos elétricos
Premiê da China pede maior controle de preços em meio a pressões deflacionárias na economia
Publicado 28/05/2025 • 17:30 | Atualizado há 2 meses
A OPEP+ anunciou hoje (28) que irá manter os níveis atuais de produção, conforme definidos na reunião de dezembro. A coalizão vem operando com um acordo geral de produção, além de dois cortes voluntários adicionais feitos por oito países-membros. Esses oito países devem reavaliar novas medidas para julho neste fim de semana.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), hoje com 22 membros, segue perdendo relevância no cenário energético global, à medida que países fora do cartel — como Estados Unidos, Brasil, Canadá e Argentina — ampliam sua produção.
A própria OPEP estima que a demanda global por petróleo em 2025 será de 105,1 milhões de barris/dia (MMb/d), o que representa crescimento modesto de 1,3% em relação a 2024. Para efeito de comparação, a economia global deve crescer 2,9% este ano e 3,1% em 2026.
Segundo a Agência Internacional de Energia, espera-se um excesso de oferta de 0,6 MMb/d em 2025, impulsionado por produtores independentes. E com o anúncio de hoje da OPEP+ de adicionar mais 0,411 MMb/d a partir de julho, esse excedente pode chegar a 1 MMb/d — equivalente a 1% do consumo global diário.
Os preços reagem. O barril Brent, que em maio de 2022 atingiu US$ 109, está hoje em apenas US$ 64,44, o menor valor em quatro anos. Em abril, chegou a tocar os US$ 60.
Leia mais
Futuros seguem em alta com temores de restrição de oferta; Opep deve manter aumento na produção
Brasil entra para a OPEP+, grupo ampliado de grande exportadores de petróleo
Desde meados de 2022, a produção dos países fora da OPEP vem crescendo de forma consistente, enquanto os membros do cartel reduzem sua oferta — pressionando ainda mais os preços.
A consequência é direta: a participação da OPEP no mercado global caiu de 36,8% (abr/22) para 35,3% (jan/25), revelando um enfraquecimento estrutural da organização frente à ascensão dos produtores independentes.
Desde o pico de US$ 109 por barril em maio de 2022, os preços vêm caindo de forma contínua. Em abril de 2025, o Brent atingiu o patamar mais baixo desde a pandemia, refletindo tanto o excesso de oferta quanto a desaceleração da economia global.
Com a oferta crescendo mais rápido que a demanda, e com os principais impulsionadores da produção fora da alçada da OPEP, o cartel entra em 2025 com influência enfraquecida.
O preço do barril — e o xadrez geopolítico associado a ele — passará a ser ditado menos pelo Cartel que precisam manter seu faturamento e mais pelos produtores não Cartel.
_
📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:
🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais
🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562
🔷 ONLINE: www.timesbrasil.com.br | YouTube
🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings
Mais lidas
CEO da Tupy chama tarifa de Trump de “embargo comercial” e alerta para prejuízos bilaterais
Cade aprova operação envolvendo Braskem solicitada por Tanure e Novonor
“Lula deveria ficar calado e deixar a negociação para o Itamaraty”, diz ex-ministro da Fazenda
Nestlé investe em restauração florestal para gerar até 1,5 milhão de créditos de carbono
Novartis aposta em remédio contra câncer de mama como seu próximo blockbuster em vendas