O Brasil gerou 257.500 novos postos de trabalho com carteira assinada em abril, o melhor resultado para o mês desde 2020. Com esse desempenho, o país superou pela primeira vez a marca de 48 milhões de vínculos formais, consolidando um crescimento de 922.000 novos empregos nos primeiros quatro meses do ano. O dado é considerado positivo, especialmente diante do contexto de juros elevados, que historicamente impactariam a geração de vagas no mercado de trabalho.
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Segundo Bruno Imaizumi, economista da LCA 4ntelligence, o aumento no número de empregos está ligado a fatores como a política fiscal expansiva e investimentos em setores estratégicos como a construção civil e a indústria. “Embora a política monetária esteja restritiva, o governo segue gastando e estimulando o crescimento do mercado de trabalho”, analisou.
Imaizumi também destacou que a criação de empregos em abril reflete, em parte, a recuperação de setores que apresentaram baixo desempenho no mês anterior, como o comércio, especialmente nos subsetores de calçados e vestuário.
No entanto, o economista alertou que a continuidade do crescimento do mercado de trabalho pode dificultar o controle da inflação, que ainda segue elevada, principalmente em alimentos. “Um mercado de trabalho aquecido implica dificuldades para controlar os preços, o que mantém o Banco Central cauteloso sobre a necessidade de ajustes na taxa de juros”, afirmou.
A expectativa para o ano de 2025 é de que a criação líquida de vagas desacelere para cerca de 1,5 milhão, embora os números ainda permaneçam elevados em comparação com os padrões históricos.
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