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Professora da FGV critica política monetária e benefícios fiscais: “Já teríamos R$ 60 bilhões para ajuste”
Publicado 02/06/2025 • 21:56 | Atualizado há 3 meses
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Publicado 02/06/2025 • 21:56 | Atualizado há 3 meses
KEY POINTS
A taxa de juros no Brasil perdeu força como instrumento de controle inflacionário, disse a economista Carla Beni, professora da Fundação Getúlio Vargas e conselheira do Corecom-SP, em entrevista ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC. “Mesmo que você tenha uma elevação da Selic, ela tem uma baixa eficiência no controle inflacionário. Em política monetária, a gente chama isso de inocuidade, que significa algo sem efeito”.
Beni alertou que o país vive um momento de crescimento econômico apesar da Selic elevada, o que sugere uma mudança estrutural no comportamento da economia. “Nós estamos há dois anos crescendo mais de 3%. Isso mostra que houve uma recomposição da massa salarial, as contratações melhoraram e o resultado é esse PIB mais forte, mesmo com uma taxa de juros altíssima”.
Sobre a meta de inflação, a especialista criticou sua rigidez. “A nossa meta de 3% é praticamente inatingível no pós-pandemia. Existem vários estudos mostrando que, para um país em desenvolvimento como o nosso, essa meta poderia ser mais realista, chegando, por exemplo, a 5,3%. Essa rigidez força o Banco Central a manter a Selic em níveis muito altos, sem eficácia garantida”.
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A docente destacou que fatores como o preço dos alimentos exigem outras soluções além dos juros. “Ano passado, o IPCA foi de 4,8%, mas a inflação de alimentos foi 8%. Subir a Selic não faz chover. Precisamos rever estoques reguladores e pensar em políticas estruturais. A inflação dos alimentos é climática e tem efeito direto na popularidade dos governos”.
Beni defendeu uma ampla revisão do gasto público para enfrentar os problemas fiscais: “Reforma administrativa, corte nas emendas parlamentares, revisão de benefícios fiscais e do fundo eleitoral. Se a gente passasse uma régua de 10% sobre os R$ 600 bilhões em benefícios fiscais, já teríamos R$ 60 bilhões para ajuste”.
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