O relatório de empregos do Departamento do Trabalho dos EUA mostrou que as contratações privadas em maio ficaram em 139.000, superando expectativas e indicando que o mercado de trabalho segue robusto apesar das pressões das tarifas e das incertezas econômicas. O mercado de trabalho dos EUA permanece resiliente.
Wall Street e as bolsas europeias fecharam em alta, alimentadas pelo crescimento revisado de 0,6% do PIB da zona do euro no primeiro trimestre e pelas esperanças de alívio nas tensões comerciais após o anúncio de uma reunião entre delegações dos EUA e da China em Londres. As ações globais reagiram positivamente com perspectivas de détente comercial.
A disputa pública entre Elon Musk e o presidente Donald Trump causou queda acentuada nas ações da Tesla na quinta-feira (5), mas a empresa recuperou parte das perdas (alta de 3,7%) na sexta-feira (6), mostrando que o mercado conseguiu absorver o choque inicial. A reação do mercado à briga entre Musk e Trump foi temporária, e a Tesla se recuperou rapidamente.
Os principais índices de ações subiram na sexta-feira (6) ao mostrar que o mercado de trabalho dos EUA está resiliente, apesar das incertezas sobre as tarifas do presidente Donald Trump. Além disso, as próximas conversas entre EUA e China aumentaram as esperanças de redução das tensões comerciais.
As ações da Tesla recuperaram parte do terreno após despencarem na quinta-feira (5) devido a uma disputa pública impressionante entre o bilionário Elon Musk, chefe da empresa, e Trump.
Mercado de trabalho dos EUA surpreende positivamente
Uma leitura abaixo da média sobre a contratação no setor privado esta semana levantou preocupações sobre o mercado de trabalho e as perspectivas para a economia dos EUA antes de um relatório de empregos do Departamento do Trabalho, um dado crucial usado pelo Federal Reserve para decidir sobre ajustes nas taxas de juros.
No entanto, o relatório mostrou que as contratações na maior economia do mundo chegaram a 139.000 no mês passado, superando as expectativas do mercado.
Esse número indica que o mercado de trabalho dos EUA está relativamente saudável, apesar dos abalos nos mercados financeiros, nas cadeias de suprimento e no sentimento do consumidor este ano, à medida que Trump anunciou sucessivas ondas de tarifas.
“Havia preocupação de que o mercado de trabalho estivesse cedendo sob a pressão das tarifas e do crescimento econômico mais fraco. No entanto, o relatório de maio sugere que o mercado de trabalho está enfraquecendo, mas não despencando,” disse Kathleen Brooks, diretora de pesquisa da plataforma de negociação XTB, em um comunicado.
“A reação do mercado sugere que ele não está levando esses riscos muito a sério, que não vê uma recessão no futuro e que os investidores ainda acreditam que o crescimento dos lucros corporativos será forte.”
O estado do mercado de trabalho é crucial, dado o quanto o consumo das famílias é importante para a economia como um todo, disse Bret Kenwell, analista de investimentos da eToro US.
“Embora possa não estar a todo vapor, está longe de mostrar sinais de um colapso significativo.”
Wall street e mercados europeus reagem positivamente
Wall Street teve uma forte recuperação, e as ações em Paris e Londres fecharam em alta.
Frankfurt ficou quase estável após o Bundesbank alertar que a Alemanha poderia enfrentar mais dois anos de recessão se uma guerra comercial com os Estados Unidos se intensificar drasticamente.
Por enquanto, no entanto, a economia da zona do euro está mostrando sinais de resiliência, com dados oficiais de sexta-feira (6) indicando que ela cresceu a um ritmo significativamente mais rápido do que o estimado anteriormente nos primeiros três meses do ano.
A agência de dados da UE informou que a área do euro com 20 países registrou um crescimento de 0,6% no período de janeiro a março em relação ao trimestre anterior, acima do número de 0,3% publicado no mês passado.
Conversas EUA-China
Os mercados de ações também foram impulsionados quando Trump anunciou que funcionários dos EUA se encontrariam com uma equipe chinesa em Londres na segunda-feira (9) para discutir um “acordo comercial” de ambos os lados.
“A reunião deve ir muito bem”, acrescentou Trump em uma postagem no Truth Social, um dia após falar por telefone com o presidente chinês Xi Jinping.
Os investidores estão esperançosos de que esses encontros de alto nível possam trazer um alívio das tensões após a ofensiva tarifária global do “Dia da Libertação” de Trump, que atingiu especialmente Pequim.
Embora uma disputa pública impressionante entre o líder dos EUA e seu ex-conselheiro Musk tenha colocado Wall Street no vermelho na quinta-feira (5), todos os três principais índices dos EUA fecharam em alta na sexta-feira (6).
As ações da empresa de veículos elétricos de Musk, a Tesla, subiram 3,7% após despencarem no dia anterior.
O presidente ameaçou os contratos governamentais multibilionários de Musk, e as ações da Tesla despencaram – eliminando mais de US$ 100 bilhões (R$ 556,03 bilhões) do valor da empresa.
Aumento nos preços do petróleo
Os preços do petróleo subiram na sexta-feira (6), impulsionados pelos dados de empregos e, ainda assim, pelas perspectivas de uma détente comercial entre EUA e China, disse Mark Bowman, analista da ADM Investors Services.
Principais números por volta das 17h20 (Horário de Brasília)
Nova York – Dow: ALTA de 1,1% a 42.762,87 pontos (fechamento)
Nova York – S&P 500: ALTA de 1,0% a 6.000,36 (fechamento)
Nova York – Nasdaq Composite: ALTA de 1,2% a 19.529,95 (fechamento)
Londres – FTSE 100: ALTA de 0,3% a 8.837,91 (fechamento)
Paris – CAC 40: ALTA de 0,2% a 7.804,87 (fechamento)
Frankfurt – DAX: QUEDA de 0,1% a 24.304,46 (fechamento)
Tóquio – Nikkei 225: ALTA de 0,5% a 37.741,61 (fechamento)
Hong Kong – Hang Seng Index: QUEDA de 0,5% a 23.792,54 (fechamento)
Shanghai – Composite: ESTÁVEL a 3.385,36 (fechamento)
Euro/dólar: QUEDA a US$ 1,1397 (R$ 6,34) de US$ 1,1444 (R$ 6,36) na quinta-feira (5)
Libra/dólar: QUEDA a US$ 1,3529 (R$ 7,52) de US$ 1,3571 (R$ 7,55)
Dólar/iene: ALTA a 144,81 ienes de 143,58 ienes
Euro/libra: QUEDA a 84,23 pence de 84,31 pence
Brent do Mar do Norte: ALTA de 1,7% a US$ 66,47 (R$ 369,59) por barril
West Texas Intermediate: ALTA de 1,9% a US$ 64,58 (R$ 359,08) por barril
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