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Disputa entre Trump e Harvard tem possível impacto econômico de R$ 1 bilhão, aponta análise
Publicado 09/06/2025 • 17:59 | Atualizado há 3 semanas
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Publicado 09/06/2025 • 17:59 | Atualizado há 3 semanas
KEY POINTS
Universidade de Harvard, em Boston
Unsplash
A crescente disputa entre o governo Trump e a Universidade de Harvard sobre os vistos para estudantes internacionais pode ter um custo econômico elevado.
Com mais de 6 mil estudantes internacionais, Harvard apoia mais de 1.125 empregos locais e contribui com US$ 180 milhões (R$ 1 bilhão) para a economia da Grande Boston, principalmente por meio dos gastos dos estudantes, segundo uma nova análise da Implan, uma empresa de software e análise econômica.
Uma proibição na matrícula de estudantes internacionais poderia desestabilizar uma fonte vital de receita, disse Bjorn Markeson, economista da Implan.
“Como Harvard tem uma população de estudantes internacionais muito alta, o impacto será maior”, disse Markeson. “A economia é uma estrutura de rede, então o dinheiro circula. Ele não fica apenas em um lugar — e quando algo atinge Boston, afeta toda a área de New England”.
As escolas têm buscado cada vez mais estudantes internacionais “porque eles complementam o corpo estudantil, e isso beneficia todos os alunos”, disse Robert Franek, editor-chefe do The Princeton Review.
Mas estudantes estrangeiros também costumam pagar a mensalidade integral, o que faz da matrícula internacional uma importante fonte de receita para Harvard e muitas faculdades e universidades nos EUA, segundo Franek.
No total, alunos internacionais que estudaram nos Estados Unidos contribuíram com US$ 43,8 bilhões (cerca de R$ 243,53 bilhões, na cotação atual) para a economia americana no ano acadêmico de 2023-24, de acordo com os dados mais recentes da NAFSA: Associação de Educadores Internacionais. Somente em Massachusetts, os estudantes internacionais contribuíram com quase US$ 4 bilhões (R$ 22,24 bilhões) e sustentaram mais de 35 mil empregos.
Em Harvard, a proporção de estudantes internacionais é desproporcionalmente alta em comparação com a maioria das outras faculdades e universidades. Os alunos internacionais representaram 27% do total de matrículas em Harvard no ano acadêmico de 2024-25, um aumento em relação aos 22,5% de uma década atrás.
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No momento, o destino das matrículas internacionais em Harvard e em outros lugares ainda está indefinido.
As tensões entre o governo federal e a universidade da Ivy League continuaram a escalar depois que Harvard, em abril, se recusou a atender a um conjunto de exigências emitidas pela força-tarefa da administração Trump para combater o antissemitismo.
Em maio, Donald Trump tentou proibir Harvard de matricular estudantes internacionais, mas um juiz federal emitiu uma ordem de restrição temporária na última sexta-feira (6) “para manter o status quo”.
A juíza distrital dos EUA, Allison Burroughs, disse que a ordem de restrição permanecerá em vigor até 20 de junho. Enquanto isso, o presidente de Harvard, Alan Garber, afirmou que “planos de contingência estão sendo desenvolvidos para garantir que estudantes e acadêmicos internacionais possam continuar seu trabalho em Harvard neste verão e durante o próximo ano acadêmico”.
Em uma entrevista à NBC News na sexta-feira, a secretária de Educação dos EUA, Linda McMahon, disse que Harvard precisa fazer mais para combater o antissemitismo no campus e revisar as admissões de estudantes estrangeiros.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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