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Funcionários da Volkswagen na Alemanha entram em greve

Publicado 02/12/2024 • 09:59

CNBC

Redação CNBC

KEY POINTS

  • Ao todo, nove fábricas de carros e componentes da Volkswagen foram afetadas.
  • As greves ocorrem em meio a tensões entre a empresa e os trabalhadores sobre mudanças nos acordos trabalhistas e possíveis fechamentos de fábricas.
  • Um porta-voz da montadora afirmou que a empresa "respeita o direito dos trabalhadores de participarem de uma greve"
Logo da Volkswagen.

Logo da Volkswagen.

Reprodução Pixabay.

Trabalhadores de várias unidades da Volkswagen na Alemanha entraram em greve por horas ao longo desta segunda-feira (2).

Ao todo, nove fábricas de carros e componentes da montadora foram afetadas, com o trabalho sendo temporariamente interrompido para manifestações ou os turnos sendo encurtados pelos funcionários.

As greves ocorrem em meio a tensões entre a empresa e os trabalhadores sobre mudanças nos acordos trabalhistas e possíveis fechamentos de fábricas.

Na segunda-feira (2), algumas fotos mostraram trabalhadores carregando faixas com mensagens que diziam “prontos para a greve” e “greves de advertência — nosso direito”, de acordo com a CNBC.

Posição dos sindicatos e negociações em curso

“Se necessário, esta será a disputa salarial mais dura já vista na Volkswagen”, alertou Thorsten Gröger, chefe do sindicato IG Metall, em comunicado. A duração e a intensidade do conflito dependem das negociações das empresas, afirmou ele.

“O que segue agora é o conflito que a Volkswagen provocou — não queríamos isso, mas vamos liderá-lo com o engajamento necessário”, acrescentou.

Três rodadas de negociações já ocorreram entre a Volkswagen, o sindicato e o conselho de trabalhadores da empresa até agora, sem sucesso. Novas conversas estão previstas para acontecer ainda este mês.

Resposta da Volkswagen e contexto dos acordos trabalhistas

Um porta-voz da Volkswagen afirmou no domingo que a empresa “respeita o direito dos trabalhadores de participarem de uma greve de advertência”. A empresa continua a confiar no diálogo construtivo para encontrar uma “solução sustentável e mutuamente apoiada”, acrescentou a Volkswagen.

Em setembro, a Volkswagen cancelou uma série de acordos trabalhistas e anunciou o fim do seu acordo de proteção ao emprego, em vigor para seus trabalhadores na Alemanha desde 1994. Na época, a montadora também sinalizou que poderia precisar fechar fábricas no país pela primeira vez em sua história.

Histórico de greves e contexto atual

Em outubro, o conselho de trabalhadores da empresa afirmou que a gestão da Volkswagen também estava considerando cortes salariais generalizados e demissões.

Até agora, os trabalhadores estavam impedidos de fazer greve devido a uma obrigação de paz, que terminou em 1º de dezembro. As últimas grandes greves na Volkswagen ocorreram em 2018, e contou com cerca de 50 mil trabalhadores. Já greves de advertência menores, com vários milhares de funcionários, ocorreram em 2021.

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