Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC no
Queda dos preços do petróleo deve acelerar consolidação no setor de energia
Publicado 27/06/2025 • 18:31 | Atualizado há 2 meses
Senadores democratas pedem a Trump que reconsidere venda de chips avançados de IA para a China
Zelensky vai se encontrar com Trump após negociações com Putin terminarem sem cessar-fogo
Samsung ganha espaço nos EUA e tira fatia de mercado da Apple com celulares dobráveis em alta
Trump diz que reunião com Putin foi ‘produtiva’, mas negociações sobre Ucrânia não avançam
Applied Materials cai 13% após previsão fraca devido à demanda na China
Publicado 27/06/2025 • 18:31 | Atualizado há 2 meses
Pexels
Posto Shell
Em um momento em que os preços do petróleo voltam a flertar com a marca dos US$60, um novo ciclo de consolidação parece se desenhar na indústria global de óleo e gás. A movimentação recente envolvendo a Shell — que chegou a ser apontada como interessada em adquirir a BP por cerca de US$80 bilhões — trouxe os holofotes novamente para o debate sobre a necessidade de escala, eficiência e dominância no setor.
Embora a Shell tenha negado oficialmente qualquer negociação, o simples rumor revela uma verdade difícil de ignorar: o atual ambiente de preços baixos e incertezas estruturais sobre a demanda futura de petróleo está obrigando as “majors” a reavaliar suas estratégias de crescimento.
A discussão não é exatamente nova, mas precisa voltar ao radar dos investidores.
A pressão não vem apenas da volatilidade dos preços, alimentada por dúvidas sobre os rumos da OPEP+ e pelo crescimento menos acelerado da demanda global, mas também de um imperativo mais profundo: a transição energética. Com políticas climáticas se intensificando e projeções indicando que o pico de demanda por petróleo ocorrerá em meados de 2035, grandes empresas do setor têm optado por consolidar operações, cortar custos e focar em ativos de maior retorno.
Leia também
Petróleo fecha em alta, mas recua mais de 11% na semana com cessar-fogo entre Israel e Irã
Energy Summit anuncia investimento bilionário em data center e dois decretos sobre energia limpa no RJ
“Brasil pode ser para a energia verde o que a Arábia Saudita foi para o petróleo”, diz CEO da Tupy
Em vez de apostar em novos projetos intensivos em capital, como era comum em ciclos anteriores, o foco agora é a otimização — e, nesse contexto, fusões e aquisições ganham protagonismo.
A indústria já tem dado sinais claros nesse sentido. Nos últimos dois anos, vimos a ExxonMobil adquirir a Pioneer Natural Resources por US$60 bilhões, em um movimento que reforça sua posição no xisto norte-americano. Logo em seguida, a Chevron anunciou a compra da Hess Corporation por mais de US$50 bilhões, ampliando sua presença estratégica na Guiana. A BP, por sua vez, tem feito movimentos menores, mas alinhados com essa lógica, como a venda de ativos não-estratégicos para reforçar caixa e reorientar sua carteira de projetos.
A possível fusão entre Shell e BP, portanto, deve ser interpretada menos como uma exceção e mais como um prenúncio do que está por vir. Trata-se de uma resposta racional a um novo ciclo em que rentabilidade supera crescimento, previsibilidade de caixa se sobrepõe a risco exploratório, e escala operacional vira instrumento de sobrevivência. Consolidar agora é não apenas buscar sinergias imediatas, mas se preparar para um futuro em que o petróleo perderá protagonismo no portfólio energético global.
Se a era de ouro do petróleo foi marcada por grandes descobertas e expansão agressiva, a próxima década será moldada por fusões, ajustes e reconfiguração estratégica. E os movimentos que hoje parecem especulativos poderão, em breve, se tornar a nova norma da indústria.
--
📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:
🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais
🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562
🔷 ONLINE: www.timesbrasil.com.br | YouTube
🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings
Mais lidas
Polêmica sobre proibição do açaí na COP30 leva a nota de repúdio e organização volta atrás
Santos inicia procura de naming rights com WTorre e avança em estudos para SAF
EUA desistem de novas tarifas contra a China por compra de petróleo da Rússia
Governo canadense determina fim da greve dos comissários da Air Canada
CCJ do Senado pauta PEC da autonomia financeira do Banco Central para 20 de agosto