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Atividade industrial da China cresce inesperadamente em junho, mostra pesquisa

Publicado 01/07/2025 • 07:44 | Atualizado há 10 horas

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Redação CNBC

KEY POINTS

  • A atividade das fábricas chinesas voltou inesperadamente a crescer entre os fabricantes voltados à exportação em junho, segundo uma pesquisa privada divulgada nesta terça-feira (1º).
  • O índice de gerentes de compras (PMI) industrial Caixin/S&P Global ficou em 50,4, superando a estimativa mediana da Reuters de 49,0 e recuperando-se dos 48,3 de maio.
  • “Esse foi o oitavo mês de crescimento no setor industrial nos últimos nove meses, o que mostra que as condições de mercado estão melhorando”, afirmou Wang Zhe, economista sênior do Caixin Insight Group.
Trabalhadores fazendo Ursinhos Carinhosos em uma fábrica em Ankang, China.

Trabalhadores fazendo Ursinhos Carinhosos em uma fábrica em Ankang, China.

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A atividade das fábricas chinesas voltou inesperadamente a crescer entre os fabricantes voltados à exportação em junho, segundo uma pesquisa privada divulgada nesta terça-feira (1º), enquanto o país demonstrou resiliência diante dos obstáculos provocados por interrupções no comércio.

O índice de gerentes de compras (PMI) industrial Caixin/S&P Global ficou em 50,4, superando a estimativa mediana da Reuters de 49,0 e recuperando-se dos 48,3 de maio — a pior contração desde setembro de 2022.

“Esse foi o oitavo mês de crescimento no setor industrial nos últimos nove meses, o que mostra que as condições de mercado estão melhorando”, afirmou Wang Zhe, economista sênior do Caixin Insight Group.

A pesquisa privada diverge do relatório oficial de PMI do país, divulgado na segunda-feira (30), que apontou uma contração da atividade industrial pelo terceiro mês consecutivo em junho, embora com uma leve melhora em relação aos dois meses anteriores.

A leitura positiva do PMI Caixin reflete uma “resposta atrasada à redução de tarifas entre Estados Unidos e China anunciada em meados de maio”, disse Andrew Tilton, economista-chefe para a Ásia-Pacífico do Goldman Sachs, em nota publicada nesta terça. Tilton atribuiu a divergência às diferenças no período de apuração e na amostra das empresas analisadas.

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Enquanto o PMI oficial abrange uma amostra maior, com mais de 3 mil empresas — principalmente dos setores a montante da cadeia produtiva —, o índice Caixin considera pouco mais de 500 companhias, em sua maioria voltadas à exportação, segundo o Goldman Sachs. A pesquisa oficial é conduzida no fim do mês, enquanto a do Caixin é realizada na metade do mês.

O avanço do PMI Caixin foi impulsionado, em grande parte, pela expansão da produção, que cresceu no ritmo mais rápido desde novembro, conforme Caixin e S&P Global, devido a “melhores condições comerciais e ações promocionais” que estimularam novos pedidos.

No entanto, os novos pedidos de exportação caíram pelo terceiro mês seguido em junho, sinalizando possíveis obstáculos às exportações na segunda metade do ano.

O emprego no setor industrial continuou fraco, com empresários cautelosos em relação a novas contratações e priorizando medidas de contenção de custos, segundo o relatório. A queda no número de funcionários nas fabricantes de bens de consumo foi mais acentuada, gerando aumento nos volumes de trabalho pendente, observou Wang.

Uma guerra de preços cada vez mais acirrada também pressionou as margens de lucro das empresas pesquisadas, disse Wang, destacando que “a intensa concorrência de mercado deixou poucos caminhos aos fabricantes além de reduzir preços para impulsionar as vendas”.

O otimismo geral das empresas diminuiu, segundo Wang, uma vez que “o ambiente externo continua severo e complexo” e “a demanda efetiva interna ainda não foi solucionada de forma estrutural”.

Apesar dos crescentes apelos para que Pequim contenha sua capacidade produtiva excessiva, o setor industrial respondeu por cerca de 26% do PIB da China no primeiro trimestre, segundo dados oficiais citados pelo Caixin.

Exportadores chineses têm antecipado embarques para evitar as tarifas dos EUA, que devem subir quando a trégua comercial de 90 dias expirar em meados de agosto. Ainda não está claro se os dois países chegarão a um acordo para estender esse alívio tarifário.

Até o momento, os embarques externos da China se mantiveram relativamente fortes nos últimos dois meses, com exportadores redirecionando suas vendas a mercados alternativos, especialmente países do Sudeste Asiático e nações da União Europeia.

As exportações chinesas para os Estados Unidos despencaram 34,5% em maio na comparação anual, e mais de 21% em abril.

Contudo, economistas do Morgan Stanley apontaram uma desaceleração no ritmo das exportações para os EUA e outros destinos nas últimas semanas, à medida que as remessas antecipadas começam a perder força.

“Está cada vez mais evidente que a disputa comercial entre EUA e China está impactando de forma desproporcional os pequenos exportadores”, afirmou uma equipe de economistas do Nomura nesta segunda-feira (30), ressaltando que as tarifas norte-americanas sobre produtos chineses continuam elevadas, apesar da trégua.

Pequim e Washington podem estar se aproximando de uma resolução da disputa sobre o fentanil, o que deve levar os EUA a retirar a tarifa de 20% aplicada a produtos chineses relacionados à substância, segundo Neo Wang, economista-chefe e estrategista para China da Evercore ISI.

“Tudo o que vimos até agora aponta para uma nova etapa de distensão”, afirmou em nota.

No mês passado, a China adicionou dois precursores do fentanil à sua lista de substâncias controladas, após um encontro raro entre o embaixador dos EUA em Pequim, David Perdue, e o ministro da Segurança Pública da China, Wang Xiaohong. Na ocasião, Wang expressou disposição para cooperar com Washington no combate às drogas, segundo um comunicado chinês.

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