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“Não é inteligente cortar o seguro rural”, afirma ex-ministro da Agricultura sobre Plano Safra
Publicado 01/07/2025 • 17:30 | Atualizado há 3 dias
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Publicado 01/07/2025 • 17:30 | Atualizado há 3 dias
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O ex-ministro da Agricultura e professor emérito da Fundação Getulio Vargas (FGV), Roberto Rodrigues, avaliou nesta terça-feira (1º) o anúncio do Plano Safra e apontou preocupações com a redução de recursos para o seguro rural e o impacto das taxas de juros no setor.
Durante entrevista ao programa Radar, do Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, Rodrigues defendeu que o governo federal reveja as prioridades para garantir a estabilidade econômica do campo e evitar reflexos negativos sobre a economia urbana.
“Não é inteligente não ter seguro rural. Isso estabiliza a renda do produtor e evita efeito dominó no setor urbano”, afirmou o ex-ministro. Segundo ele, a ausência de uma política sólida de seguro aumenta o risco de inadimplência entre produtores em casos de desastres climáticos e obriga o Tesouro a assumir as dívidas.
Rodrigues reconheceu que o volume de recursos anunciado para o Plano Safra teve aumento nominal de 1,5% em relação à safra anterior, mas lembrou que a inflação acumulada supera os 5% nos últimos 12 meses. “O volume de recursos é menor em termos reais do que o do ano passado. É uma pena, porque a relação entre crédito e produção é direta”, disse.
O professor também alertou para o peso das taxas de juros na rentabilidade do agronegócio. Embora abaixo da Selic, os juros cobrados no financiamento agrícola foram classificados por ele como altos para o setor. “Taxa de juro é um elemento central para o custo de produção. Se aumenta dois pontos, cai 20% da rentabilidade do produtor”, explicou.
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O ex-ministro criticou o corte de recursos para o seguro rural. Segundo Rodrigues, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) havia pleiteado R$ 4 bilhões para este item, enquanto a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) sugeriu 1% do volume total de crédito, o equivalente a R$ 5 bilhões. Porém, a previsão já caiu de R$ 1 bilhão para quase a metade.
Para Rodrigues, a decisão do governo de não prever valores para o seguro rural no próximo ano foi um erro estratégico. “Isso custa mais caro depois, porque o Tesouro acaba prorrogando dívidas e bancando prejuízos”, afirmou. Ele reconheceu que o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, defendeu o aumento dos recursos, mas perdeu a disputa interna.
Sobre os recursos de custeio, o ex-ministro considerou natural o aumento, diante do encarecimento de insumos. Em contrapartida, avaliou como negativa a redução de valores para investimento, que afeta a modernização do parque de máquinas e, consequentemente, a produtividade. “A modernização de máquinas é essencial e permanente. Máquina velha perde grão, consome mais combustível e encarece a operação”, explicou.
O professor emérito da FGV também comentou a ampliação do Renovar Agroambiental, que terá recursos para ações como combate a incêndios e recuperação de áreas protegidas. Para ele, a iniciativa é positiva, mas depende do volume de recursos para ter impacto efetivo. “A ideia é boa, o resultado dependerá da execução”, resumiu.
Questionado sobre a proposta de tributação das Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), o ex-ministro foi contrário. Criador do instrumento em 2004, ele lembrou que as LCAs hoje representam 43% do financiamento rural. “Se tributar, vai reduzir investidor e recursos para a agricultura”, concluiu.
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