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Governo Central tem superávit de R$ 40,811 bilhões em outubro, mostra Tesouro

Publicado 03/12/2024 • 15:54

Estadão Conteúdo

KEY POINTS

  • As contas do Governo Central registraram superávit primário em outubro.
  • Neste mês, a diferença entre as receitas e as despesas ficou positiva em R$ 40,811 bilhões.
  • A publicação do Relatório Mensal do Tesouro Nacional (RTN) ainda está atrasada como reflexo da greve dos servidores, encerrada neste mês.
As contas do Governo Central registraram superávit primário em outubro, segundo o Tesouro.

Dívida Pública cresce em dezembro

Reprodução Pixabay.

As contas do Governo Central registraram superávit primário em outubro. Neste mês, a diferença entre as receitas e as despesas ficou positiva em R$ 40,811 bilhões. O resultado sucedeu o déficit de R$ 5,326 bilhões em setembro.

A publicação do Relatório Mensal do Tesouro Nacional (RTN) ainda está atrasada como reflexo da greve dos servidores, encerrada neste mês.

O saldo em outubro – que reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central – foi o melhor desempenho em termos reais para o mês desde 2016 – e o segundo melhor da série histórica do Tesouro iniciada em 1997. Em outubro de 2023, o resultado havia sido positivo em R$ 18,124 bilhões, em valores nominais.

O intervalo das estimativas, todas superavitárias, variava entre R$ 30,8 bilhões e R$ 47 bilhões.

No acumulado do ano até outubro, o Governo Central registrou déficit de R$ 64,376 bilhões. Em igual período do ano passado, esse mesmo resultado era negativo em R$ 76,206 bilhões, em termos nominais.

Em outubro, as receitas tiveram alta de 10,5% em relação a igual mês do ano passado. No acumulado, houve alta real de 7,6%. Já as despesas caíram 0,7% em outubro, já descontada a inflação. No acumulado destes dez meses, a variação foi positiva em 5,8%.

Em 12 meses até outubro, o Governo Central apresenta déficit de R$ 225,3 bilhões, equivalente a 1,9% do PIB.

Desde janeiro de 2024, o Tesouro passou a informar a relação entre o volume de despesas sobre o PIB, uma vez que o arcabouço fiscal busca a estabilização dos gastos públicos. No acumulado dos últimos 12 meses até outubro, as despesas obrigatórias somaram 18,3% em relação ao PIB, enquanto as discricionárias do Executivo alcançaram 1,7% em relação ao PIB no mesmo período.

Para 2024, o governo persegue duas metas. Uma é a de resultado primário, que deve ser neutro (0% do PIB), permitindo uma variação de 0,25 ponto porcentual para mais ou menos, conforme estabelecido no arcabouço. O limite seria um déficit de até R$ 28,8 bilhões. A outra é de limite de despesas, que é fixo em R$ 2,089 trilhões neste ano.

No último Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, publicado de forma inesperada na última semana, o Ministério do Planejamento e Orçamento estimou um resultado deficitário de R$ 27,746 bilhões nas contas deste ano.

Composição do Governo Central

As contas do Tesouro Nacional – incluindo o Banco Central – registraram um superávit primário de R$ 61,744 bilhões em outubro, de acordo com dados divulgados pelo Tesouro. No ano, o superávit primário acumulado nas contas do Tesouro Nacional (com BC) é de R$ 222,378 bilhões.

Já o resultado do INSS foi deficitário em R$ 20,934 bilhões no décimo mês do ano. No acumulado de 2024 até outubro, o resultado foi negativo em R$ 286,754 bilhões.

As contas apenas do Banco Central tiveram déficit de R$ 95 milhões em outubro e déficit de R$ 1,036 bilhão nos dez primeiros meses de 2024.

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