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“Projeto tem receita incerta e custo elevado”, diz consultor da CNI sobre ferrovia Brasil-Peru
Publicado 07/07/2025 • 21:14 | Atualizado há 4 meses
 
        
        
                            
                     
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Publicado 07/07/2025 • 21:14 | Atualizado há 4 meses
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O economista Cláudio Frischtak, consultor da Confederação Nacional da Indústria (CNI), avaliou como “altamente questionável” a viabilidade econômica e financeira da ferrovia que ligaria o litoral da Bahia ao porto de Chancay, no Peru, projeto formalizado entre Brasil e China.
Durante entrevista ao Jornal Times Brasil, do Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, Frischtak destacou riscos de execução, incertezas sobre a receita e a baixa prioridade diante de outras necessidades logísticas do país.
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Frischtak classificou a proposta como ambiciosa, mas com retorno financeiro duvidoso. “É um projeto muito grande, com custo elevado e, ao mesmo tempo, com uma receita muito incerta. A viabilidade financeira de um projeto dessa natureza é altamente questionável”, disse. Ele comparou a iniciativa à Transnordestina, iniciada em 2007, e que terá apenas um dos ramais concluído em 2027. “Apenas um dos ramais está levando 20 anos”, afirmou.
O economista ressaltou que o Brasil deveria priorizar melhorias mais urgentes na infraestrutura já existente. “Temos muito o que fazer em termos de melhorar a logística no nosso país e não nos fiarmos necessariamente em megaprojetos que vão demorar décadas e são questionáveis em termos de sustentabilidade econômica e financeira”, afirmou.
Frischtak citou que os custos logísticos no Brasil equivalem a 3% ou 4% do PIB, percentuais superiores aos de países como Estados Unidos e Austrália. “Nosso histórico com megaprojetos é infeliz”, acrescentou.
Frischtak criticou ainda o chamado Porto Sul, próximo a Ilhéus (BA), que integra o traçado da ferrovia. “Esse porto hoje não existe. Apenas 4% dele foi construído. Ninguém sabe o custo do chamado Porto Sul ao norte de Ilhéus”, disse. Ele estimou que o terminal exigiria entre R$ 9 bilhões e R$ 10 bilhões em investimentos e citou alternativas já disponíveis. “Você tem a Baía de Todos os Santos, com bons portos já construídos, como Salvador e Aratu.”
Na avaliação do consultor da CNI, mesmo que o projeto seja concluído, o custo logístico seria maior do que rotas marítimas já utilizadas. “Quando a gente faz as contas, elas não ficam em pé. Mesmo com uma ferrovia funcionando bem, o custo ainda é muito superior ao de navios de médio e grande porte conectando o Brasil à Ásia.”
Frischtak também criticou o planejamento de transportes do governo, por não considerar os custos reais das obras. “Se alguém me perguntar qual é o custo desse projeto, eu duvido que alguém saiba. Não há como estimar neste momento. Há uma tendência de minimizar os custos e achar que no futuro tudo se resolve, mas só piora.”
Ao final, o economista defendeu a ampliação da cabotagem e parcerias com o setor privado como alternativas mais viáveis. “Ou você apresenta soluções que se sustentam economicamente, ou é um sonho de noite de verão.”
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