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“Alíquota zero é bom para todo mundo na aviação”, diz CEO da Embraer sobre tarifas
Publicado 15/07/2025 • 16:05 | Atualizado há 17 horas
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Publicado 15/07/2025 • 16:05 | Atualizado há 17 horas
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CEO da Embraer, em coletiva de imprensa no dia 15 de julho de 2025.
O CEO da Embraer, Francisco Gomes Neto, afirmou, em coletiva nesta terça-feira (15), que ainda é muito cedo para determinar os exatos impactos destas tarifas para o setor, mas que eles serão “enormes” para a companhia.
Gomes defende uma redução das tarifas por meio de negociação já que “na aviação alíquota zero é bom para todo mundo”. A Embraer ainda não alterou os planos, mas espera resolver a situação atual por meio de negociações comerciais, já que a tarifa de 50% “dificulta ou inviabiliza as exportações para qualquer pais”. Além disso, se não for possível reduzir as tarifas, ele prevê um impacto na companhia e no setor semelhante ao da pandemia da Covid-19.
Gomes expressou confiança em um acordo comercial com os EUA pela importância da Embraer no mercado americano e pelo exemplo das negociações comerciais com o Reino Unido. Nelas, o setor conseguiu uma alíquota zero pela compra de aviões Boeing por uma companhia britânica, que gerou cerca de US$ 7,7 bilhões. Em comparação, a Embraer, no próximos cinco anos, tem potencial de comprar US$ 21 bilhões em equipamentos americanos, de acordo com o CEO.
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“Quando a Embraer exporta um avião com equipamentos americanos eles fazem contratos de serviços diretos com os clientes da Embraer, gerando milhares de dólares em receita para eles”, explica, apontando outra vantagem do comércio com o Brasil.
“Os Estados Unidos são o principal mercado para a companhia, é uma parte relevante da nossa receita, dos nossos produtos vendidos por lá”, afirma Gomes Neto. Além disso, a Embraer gera quase 3 mil empregos e tem mais de US$ 3 bilhões em ativos nos EUA.
Atualmente, cerca de 45% dos custos de um avião vem de equipamentos americanos, que não estão sujeitos às tarifas, mas o restante será tarifado. De acordo com a companhia, a estimativa do impacto da alíquota será perto de US$ 9 milhões, o que significa R$ 50 milhões por avião. A longo prazo, eles projetam um impacto de R$ 20 bilhões, até 2030.
Dentre as alternativas da empresa estaria o aumento na produção nos EUA, o que ainda enfrentaria dificuldades pelo alto investimento e longo tempo de execução. Para os próximos 10 anos, estão programados a produção de 40 a 45 aviões, o que dificulta os investimentos, já que o valor subirá com as tarifas mas o volume de produção continuaria o mesmo.
“Além disso, nós podemos ter cancelamento de pedidos, e reformulação de entrega, isso acarretaria uma revisão do plano de produção da companhia, certamente redução dos investimentos, queda de receita, queda de rentabilidade, geração de caixa e, sem dúvida alguma, um possível ajuste no quadro de funcionários”, completou.
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