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Economia Brasileira

Produção e emprego recuam em junho na indústria, aponta CNI

Publicado 18/07/2025 • 11:52 | Atualizado há 7 horas

Cido Coelho

KEY POINTS

  • Produção industrial e número de empregados caíram em junho, segundo levantamento da CNI.
  • Empresários apontam insatisfação com lucro operacional e dificuldade de acesso ao crédito.
  • Alta carga tributária, juros elevados e demanda fraca seguem como os principais entraves para o setor.

© CNI/José Paulo Lacerda/Direitos reservados

A atividade industrial brasileira teve desempenho negativo em junho, com recuo na produção e na geração de empregos, segundo a Sondagem Industrial divulgada nesta sexta-feira (18) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O índice de evolução da produção caiu de 52 pontos em maio para 47,2 pontos em junho, abaixo da linha de 50 que separa crescimento de retração. O número de empregados também recuou, com o indicador passando de 49,6 para 49,1 pontos.

Além disso, o estoque efetivo em relação ao planejado caiu de 50,5 para 49,7 pontos, o que indica que o volume armazenado pelas empresas ficou abaixo do esperado.

Apesar do cenário de retração, a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) subiu de 70% em maio para 71% em junho, superando os níveis registrados no mesmo mês em 2024 (70%) e 2023 (69%).

Condições financeiras se deterioram

O levantamento da CNI também mostra que as condições financeiras da indústria pioraram no segundo trimestre. O índice de satisfação com a situação financeira dos negócios caiu de 48,8 para 48,4 pontos, mais distante da linha de equilíbrio.

A satisfação com o lucro operacional também caiu, passando de 43,8 para 42,8 pontos, e o acesso ao crédito recuou para 39,9 pontos. Todos os indicadores permanecem em patamar negativo, indicando insatisfação generalizada dos empresários.

“O aperto financeiro é reflexo da combinação entre desaceleração da economia e juros altos, que afetam o faturamento e pressionam custos”, explica Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI.

Tributos, juros e demanda lideram a lista de entraves

No segundo trimestre, os principais problemas enfrentados pela indústria foram a alta carga tributária (36,7%), os juros elevados (29,5%) e a demanda interna insuficiente (28,3%).

A taxa de câmbio, que ocupava a sexta posição entre os principais entraves no primeiro trimestre, caiu para a 12ª posição, citada por apenas 9,4% dos entrevistados.

Expectativas caem, mas seguem otimistas

Em julho, todos os índices de expectativa da indústria recuaram. O de exportações caiu 0,8 ponto, enquanto os de demanda, compras de insumos e número de empregados caíram entre 0,1 e 0,2 ponto. Apesar da queda, todos os indicadores permanecem acima de 50 pontos, indicando perspectiva de crescimento nos próximos seis meses.

O índice de intenção de investimento teve leve alta, passando de 56,1 para 56,2 pontos, mas acumula recuo de 2,6 pontos desde dezembro de 2024.

Metodologia

A pesquisa da CNI ouviu 1.486 empresas entre 1º e 10 de julho de 2025: 607 de pequeno porte, 529 de médio porte e 350 de grande porte. O levantamento retrata a percepção dos industriais sobre o ambiente econômico e operacional no segundo trimestre do ano.

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