Na próxima semana, as equipes da CNBC voltam à ativa — e o foco principal são os bancos e o BCE. De Frankfurt a Milão, de Paris a Londres, o setor financeiro estará em foco.
Indicadores bancários
Os mercados parecem estar apostando no setor financeiro para manter o ritmo positivo dos lucros neste trimestre.
O Citi descreveu o primeiro trimestre como “notavelmente resiliente”, com analistas agora prevendo um índice Stoxx 600. O crescimento do lucro por ação deve ficar positivo em relação ao ano anterior neste trimestre.
Grande parte desse otimismo está centrado nos grandes bancos, enquanto outros setores, como luxo, automóveis e energia, foram afetados por rebaixamentos de lucros.
UniCredit começa na quarta-feira. O gigante bancário italiano tentará manter os investidores focados nos números, em vez de suas ambições de fusões e aquisições.
Enquanto seus movimentos em torno do Commerzbank viram aumentar sua participação acionária para 20%, os analistas do Saxo Bank destacam a incerteza em torno de sua potencial aquisição do Banco BPM, depois que um tribunal italiano bloqueou a medida até que novas condições sejam cumpridas.
As ações acumulam alta de mais de 50% neste ano, trazendo algum ânimo ao CEO Andrea Orcel enquanto ele luta para manter seus planos de expansão nos trilhos.
Banco financeiro francês BNP Paribas — o maior credor da zona do euro em ativos — divulga seus lucros na quinta-feira.
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No último trimestre, o banco superou as expectativas, impulsionado pelo desempenho de seu banco de investimento, mas revisou sua meta de lucratividade ligeiramente para baixo.
No mesmo dia, as atenções se voltarão para Frankfurt para o último conjunto de números do Deutsche Bank. O banco alemão registrou seu melhor lucro em 14 anos no último trimestre, beneficiando-se do aumento dos volumes de negociação em meio à volatilidade do mercado.
O CEO Christian Sewing disse à CNBC em junho que vê uma oportunidade para a Europa investir mais em seu próprio setor de defesa como uma área chave de crescimento.
O jogo da espera
Para os observadores macroeconômicos, o destaque da semana na Europa virá do Banco Central Europeu. A presidente Christine Lagarde e seus colegas formuladores de políticas devem manter os juros em 2% na quinta-feira. Mas há um GRANDE porém…
As ameaças tarifárias do presidente dos EUA, Donald Trump, não devem prejudicar o resultado desta reunião, segundo a Reuters, citando cinco fontes do conselho do BCE. Mas, se Trump avançar com tarifas de 30% sobre as importações da UE, há uma ampla expectativa de que o BCE corte as taxas em resposta.
Os investidores terão até 11 de setembro para avaliar o impacto, já que o BCE fará uma pausa no verão após a reunião desta semana.
Situação da inflação
Em termos das condições econômicas subjacentes, o Deutsche Bank alerta que os riscos de inflação europeus “continuam sendo subestimados, com uma complacência notável em ativos-chave”, com o impacto tarifário ainda não totalmente refletido.
O estrategista macro do banco também disse ao Squawk Box Europe da CNBC que o prazo de 1º de agosto para as negociações tarifárias entre os EUA e a UE prepara o cenário para que um resultado tardio desencadeie uma “reação muito forte do mercado”.
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