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Grupo investidor apoiado pela LVMH compra participação de 20% na Flexjet
Publicado 21/07/2025 • 10:28 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 21/07/2025 • 10:28 | Atualizado há 2 meses
Divulgação/Flexjet
Um grupo de investidores liderado pela divisão de private equity da LVMH está adquirindo 20% da empresa de jatos particulares Flexjet, marcando a mais recente investida da indústria de luxo no setor de viagens.
A L Catterton, empresa de private equity apoiada pelo gigante francês do luxo LVMH, lidera um investimento de US$ 800 milhões na Flexjet, que também incluirá parcerias de marca e colaborações. O grupo investidor conta ainda com afiliadas da KSL Capital Partners e do J Safra Group. A Flexjet continuará sob o controle da empresa-mãe Directional Aviation Capital.
O acordo destaca a rápida expansão da indústria do luxo na economia de experiências, à medida que consumidores abastados aumentam seus gastos com viagens, gastronomia e eventos especiais. A LVMH adquiriu o grupo de hospitalidade Belmond em 2018 por US$ 3,2 bilhões e vem ampliando suas marcas de hotéis e resorts Cheval Blanc e Bulgari.
As vendas globais de bens de luxo caíram 2% no ano passado, para 363 bilhões de euros, devido à menor demanda da geração Z e dos consumidores chineses, segundo relatório da Bain e da Altagamma. No entanto, a hospitalidade de luxo cresceu 4%, enquanto alimentos gourmet e alta gastronomia avançaram 8% e as vendas de iates e jatos particulares aumentaram 13%.
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Para a Flexjet, com sede em Cleveland, o acordo cria uma relação com o maior grupo de luxo do mundo e seu portfólio de mais de 75 marcas desejadas, desde Louis Vuitton e Dior até Dom Pérignon e Tiffany.
Com a indústria de jatos particulares cada vez mais competitiva e dominada pela líder NetJets, a Flexjet busca se posicionar como um clube exclusivo de associados, oferecendo experiências de luxo e serviços personalizados. A Flexjet já mantém parcerias com a Belmond, o fabricante de iates Ferretti Group e a Bentley Motors, colaborando em interiores de jatos e eventos exclusivos.
“Estamos tentando transformar a Flexjet em um negócio focado em experiências”, disse Kenn Ricci, presidente da Flexjet e principal da Directional Aviation.
“Se você pensar em viagens de luxo hoje, eu sempre penso na comunidade Flexjet. Quando você tem uma experiência em um hotel, ela dura uma semana, e você conhece bem essa experiência. Mas, ao voar em um jato, são quatro, cinco horas. Então, como criamos essa comunidade Flexjet?”, complementou.
Ricci afirmou que a maioria dos recursos do acordo será destinada à expansão e melhoria da infraestrutura da Flexjet. Isso inclui a compra de aviões maiores e de longo alcance para atender à crescente demanda por viagens internacionais. A empresa também investirá na estrutura no exterior, com mais instalações de manutenção e suporte em solo.
Além disso, continuará a aumentar e capacitar sua equipe de voo por meio da sua academia especial para comissários de bordo. Cerca de 25% dos recursos serão usados para pagar um dividendo especial aos acionistas.
Ricci prevê um EBITDA de cerca de US$ 425 milhões para a Flexjet em 2025, contra US$ 398 milhões em 2024, mais que o dobro dos níveis de 2020. A empresa oferece opções de propriedade fracionada, leasing e cartões de jato. Sua frota de 318 aeronaves deve chegar a 340 até o final de 2025, e conta com mais de 2 mil membros no programa de propriedade fracionada e leasing, segundo a empresa.
Ricci disse que a L Catterton procurou a Flexjet com a proposta do investimento enquanto a empresa busca se antecipar às mudanças na definição de luxo entre os ricos.
“(A L Catterton) nos apresentou ideias sobre o futuro do luxo,” afirmou Ricci. “Eles basicamente enxergam que o luxo do futuro é o tempo. E veem que, nas viagens particulares, você pode recuperar tempo.”
Os detalhes sobre parcerias de marca ou colaborações ainda não foram anunciados, mas Ricci citou como modelo a parceria da Flexjet com a Belmond, que inclui ofertas especiais e estadias aprimoradas nos hotéis de luxo da empresa em Veneza e Ravello, na Itália; Mallorca, na Espanha; entre outras localidades.
Ele destacou que as cabines personalizadas das aeronaves, inspiradas em quartos exclusivos dos melhores hotéis, continuarão sendo uma vantagem competitiva.
“Diante de um gigante como a NetJets, não precisamos ser os maiores,” afirmou. “Queremos ser o boutique.”
A L Catterton é 40% controlada pela LVMH e pelo family office do CEO Bernard Arnault. A empresa administra US$ 37 bilhões em capital de equity em marcas de consumo, incluindo Birkenstock, Thorne e ETRO.
Scott Dahnke, CEO global da L Catterton, disse em comunicado que a história da Flexjet “é de nunca se contentar, buscando inovação consciente para melhor atender aos desejos dos consumidores em seu mercado único e empolgante.”
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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