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Abiquim celebra 30 anos do Enaiq com agenda de reposicionamento institucional
Publicado 06/11/2025 • 19:48 | Atualizado há 1 mês
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Publicado 06/11/2025 • 19:48 | Atualizado há 1 mês
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A indústria química brasileira viveu uma noite simbólica no Theatro Municipal de São Paulo, durante a celebração dos 30 anos do Encontro Nacional da Indústria Química (Enaiq), em um evento que reuniu lideranças para discutir competitividade, sustentabilidade e o futuro do setor. Com o tema Inspirando Conexões, a edição de 2025 reforçou o papel central da Abiquim na agenda estratégica da indústria química nacional.
Na abertura, o presidente-executivo da Abiquim, André Passos Cordeiro, destacou que o setor está em posição de liderar uma transformação industrial, essencial para o avanço social, econômico e ambiental do país.
“Assim como a Semana de Arte Moderna abriu um caminho sem volta para a arte brasileira, a química vive hoje um momento equivalente para a indústria nacional”, afirmou. “Estamos em posição de liderar uma transformação econômica, social e ambiental que o Brasil precisa.”
A Abiquim ressaltou conquistas importantes em defesa comercial, destacando a renovação da elevação tarifária para 30 grupos de produtos químicos, medida essencial para recuperar a competitividade da indústria nacional.
“No acumulado até setembro, tivemos uma queda de 7,9% no volume importado, e a participação do produto estrangeiro no consumo nacional caiu de 52% em 2023 para 47%”, afirmou Cordeiro. A entidade celebrou o impacto direto dessa política na redução de importações, na proteção do mercado interno e no fortalecimento do setor.
Outro avanço foi a retomada do Reiq – Regime Especial da Indústria Química, que havia sido suspenso em 2023. Com a reativação do programa, a Abiquim destacou o retorno de R$ 6 bilhões em arrecadação, além da aprovação de mais de R$ 1 bilhão em novos investimentos.
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O trabalho conjunto com empresas associadas e representantes do governo reforçou o papel institucional da Abiquim na construção de marcos regulatórios, na redução de custos e no estímulo a novos projetos industriais.
A associação também comemorou a aprovação na Câmara dos Deputados do Presiq – Programa Especial de Sustentabilidade da Indústria Química, considerado um dos pilares para a retomada da produção nacional. O projeto tem potencial de adicionar R$ 112 bilhões ao PIB, impulsionando a reativação de plantas industriais e fortalecendo a competitividade brasileira.
“O Presiq é um instrumento de crescimento responsável: preserva empregos, estimula investimentos sustentáveis e aumenta a arrecadação”, destacou Cordeiro.
Relator do projeto, o deputado federal Carlos Aratini (PT-SP) explicou que o objetivo central é assegurar recursos para investimentos estratégicos. “Em primeiro lugar, a gente tem que ter recursos para garantir investimento das empresas. Esses recursos precisam de um tratamento favorecido, e é isso que buscamos no Presiq”, afirmou. Segundo ele, o programa deve aumentar eficiência, apoiar a transição energética e estimular a produção de itens “mais ecologicamente corretos”.
Representantes da indústria reforçaram o impacto esperado. Para Maximilian Yoshioka, diretor de Negócios da Indorama, o setor aguardava “há muito tempo” um instrumento estruturante como o Presiq.
Ele afirmou que a indústria passou anos estagnada, sem espaço para inovação e crescimento, e que o projeto permitirá elevar a utilização das plantas, hoje em torno de 60%, para níveis próximos de 90% ou 100%. Yoshioka destacou ainda que baixa utilização significa menor eficiência, gastos energéticos elevados e custos altos, o que dificulta a competitividade.
Segundo ele, o Presiq viabilizará atualização tecnológica, maior competitividade e uma “pegada verde ainda melhor”, com inovação atrelada ao avanço sustentável.
Rodrigo Cannaval, CEO da Unipar, classificou o dia como “muito importante” para o setor. Segundo ele, o Enaiq e o avanço do Presiq no Congresso representam passos concretos rumo a mais competitividade e sustentabilidade. “O programa traz aumento de competitividade, incentivos e redução da ociosidade. O Brasil tem um mercado doméstico potente, e o Presiq vai nos ajudar a abastecê-lo com uma indústria mais forte”, afirmou.
Além do Congresso, governos estaduais também veem o Presiq e a agenda da química como estratégicos para o país. O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, ressaltou que a indústria química é “fundamental para a soberania industrial”, já que fornece insumos essenciais a diversas cadeias.
A CEO do grupo Solvay-Rhodia, Daniela Manique, reforçou que o incentivo do Presiq traz retorno expressivo ao país em emprego, faturamento e arrecadação. Ela destacou que a indústria química é uma das maiores pagadoras de impostos e oferece salários acima da média. “Para nós, é importante sermos reconhecidos como essa locomotiva. A química é a mãe de todas as indústrias, e isso é comprovado pelo que entregamos ao Brasil”, afirmou.
A disponibilidade competitiva de gás natural — principal matéria-prima da indústria química — foi apontada como essencial para o futuro do setor. Cordeiro reforçou que ainda há desafios importantes em marcos regulatórios, tarifas, infraestrutura e diversificação de fontes de suprimento.
Ele destacou que garantir acesso competitivo a esse insumo é fundamental para acelerar a transição energética, fortalecer a segurança econômica e ampliar o potencial de produção sustentável no Brasil.
A sustentabilidade ocupou parte central do posicionamento da Abiquim, que celebrou sua atuação na criação da taxonomia sustentável brasileira, instrumento fundamental para direcionar investimentos verdes no país.
A associação reforçou a importância de políticas integradas e metas claras, tanto no Plano Clima, quanto na criação do MRV do setor químico, que será base para o futuro mercado regulado de carbono. A Abiquim ainda destacou sua participação na formulação da Estratégia Nacional de Descarbonização Industrial, reforçando o compromisso com a indústria de baixo carbono.
A entidade também ressaltou a inclusão da indústria química na fase piloto do Programa Selo Verde Brasil, iniciativa que certificará produtos e serviços alinhados a requisitos de sustentabilidade. Segundo Cordeiro, o reconhecimento reforça o papel do setor na transição energética, na inovação tecnológica e no atendimento às novas exigências dos mercados internacionais.
O estudo “Trajetórias para a neutralidade climática da indústria química brasileira”, desenvolvido com a consultoria Carbon Minds, foi apresentado como guia estratégico para empresas e formuladores de políticas públicas.
Um dos pontos altos da noite foi o lançamento da nova identidade visual da Abiquim, apresentada em um palco marcado por elementos gráficos inéditos. Cordeiro ressaltou que o redesenho representa mais do que uma atualização estética — trata-se de um reposicionamento institucional, alinhado aos novos desafios da indústria. “Essa nova identidade representa muito mais do que uma atualização visual.
Ela marca uma nova etapa — uma Abiquim que se reinventa sem perder sua essência”, afirmou. A nova assinatura, A Química que nos Une, sintetiza os valores de integração, colaboração, propósito coletivo e compromisso com o Brasil.
O presidente-executivo destacou ainda o vínculo direto da indústria com a sociedade: “A Abiquim não é apenas das empresas associadas. Ela está associada a cada brasileiro que depende da química para viver melhor.” A mensagem reforçou a conexão com os 213 milhões de brasileiros, mostrando a química como elemento essencial para qualidade de vida, saúde, mobilidade e segurança.
O déficit da balança comercial química também esteve no centro das discussões. O presidente da Alpek Polyester no Brasil, Jorge Villanueva, lembrou que as importações cresceram de forma acelerada nos últimos anos e que o setor já registra um rombo próximo de US$ 50 bilhões. Ele afirmou esperar que o Presiq ajude a “expandir capacidade, aumentar competitividade e reduzir esse déficit”, tornando a indústria mais preparada para disputar mercado.
A visão otimista sobre o potencial do setor foi reforçada por Francisco Fortunato, presidente do Grupo OCQ. Ele afirmou que o Brasil está prestes a consolidar uma “grande indústria química nova mundialmente” e defendeu que, impulsionado pelo agro, o país tem condições de saltar da sexta para a terceira maior indústria química global já em 2025.
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