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Balanço da crise: apagão em SP gera prejuízo bilionário, cobranças legais e pedido de intervenção na Enel

Publicado 13/12/2025 • 16:09 | Atualizado há 2 horas

KEY POINTS

  • A Grande São Paulo enfrentou uma semana de colapso nos serviços essenciais após um vendaval inédito que atingiu rajadas de até 98,1 km/h.
  • O evento, considerado o "mais prolongado já registrado" na área de concessão da Enel, deixou um rastro de destruição, interrupção de serviços e um prejuízo bilionário para a economia.
  • A Fecomercio-SP estimou que o prejuízo total em faturamento para o varejo e setor de serviços chegou a R$ 1,54 bilhão entre quarta e quinta-feira (11).
Pôr do sol luz casas

Freepik

Cidade de São Paulo está parcialmente sem luz

A Grande São Paulo enfrentou uma semana de colapso nos serviços essenciais após um vendaval inédito que teve rajadas de até 98,1 km/h em regiões como a Lapa (Zona Oeste da capital) na quarta-feira (10).

O evento, considerado o “mais prolongado já registrado” na área de concessão da Enel, deixou um rastro de destruição, interrupção de serviços e um prejuízo bilionário para a economia.

Impacto econômico e setores devastados

A crise resultou em perdas financeiras significativas para a economia paulista. A Fecomercio-SP estimou que o prejuízo total em faturamento para o varejo e setor de serviços chegou a R$ 1,54 bilhão entre quarta e quinta-feira (11).

Deste valor, o setor de serviços foi o mais afetado, perdendo cerca de R$ 1 bilhão, enquanto o comércio perdeu R$ 511 milhões.

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A Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares (Fhoresp) estimou que o prejuízo no seu setor pode chegar a R$ 100 milhões. Isso afetou cerca de 5 mil estabelecimentos na capital e região, que enfrentaram perdas de estoque, equipamentos e o cancelamento de clientes em dezembro, um dos meses de maior faturamento.

A Fhoresp criticou a Enel, classificando o incidente como o “sétimo apagão em menos de dois anos”, colocando em risco os empregos e faturamento do setor.

Números da crise e colapso de serviços

Apesar dos esforços, a situação permaneceu crítica até a sexta-feira (12), passadas quase 50 horas do vendaval:

  • Pico do Apagão: Mais de 2,2 milhões de endereços ficaram sem energia elétrica.
  • Situação Atual: Quase 500 mil consumidores (ou 448 mil, segundo o último boletim da Enel) seguiam sem luz na Região Metropolitana de São Paulo. A Enel mobilizou 1,8 mil equipes (o que chamou de “número recorde”) e afirma ter restabelecido o serviço para cerca de 3,1 milhões de clientes.
  • Danos e Vítimas: O vendaval causou a queda de mais de 151 árvores, 290 semáforos apagados e avarias na Linha 10–Turquesa da CPTM. Lamentavelmente, três pessoas morreram em incidentes relacionados ao vendaval e à crise do apagão.
  • Transporte e Logística: Os aeroportos de Guarulhos e Congonhas somaram mais de 400 voos cancelados.
  • Ventos Inéditos: O Inmet e a Enel afirmam que é a primeira vez, desde o início das medições, que São Paulo registra uma sequência tão prolongada de ventos superiores a 70 km/h sem a presença de chuva.

🏛️ Pressão legal e político-regulatória contra a Enel

A lentidão da concessionária em normalizar o serviço—o que a Enel prevê que só ocorra até o fim do domingo (14) — desencadeou ações enérgicas de autoridades:

  • Ação Judicial: A Justiça de São Paulo determinou, em liminar, que a Enel restabeleça o fornecimento em até 12 horas a partir da notificação, sob pena de multa de R$ 200 mil por hora em caso de descumprimento.
  • MPTCU Pede Suspensão: O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (MPTCU) solicitou a suspensão de qualquer ato administrativo relacionado à renovação da concessão da Enel. O MPTCU argumenta que a previsibilidade de fenômenos climáticos exige da concessionária “planejamento robusto e investimentos adequados”.
  • Pedido de Intervenção: O prefeito Ricardo Nunes (MDB) defendeu publicamente a intervenção federal na Enel e questionou o número de equipes divulgadas pela concessionária. O MPTCU endossou a sugestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) de dividir a concessão da Enel em partes menores para aumentar a eficiência do serviço.
  • Corrupção: A crise também expôs vulnerabilidades, com a prisão em flagrante de um funcionário de empresa parceira da Enel por corrupção passiva após cobrar R$ 2,5 mil para religar a energia de um endereço.

Novo alerta: risco de mais chuvas

O cenário de recuperação é agravado pela previsão climática: a Defesa Civil de São Paulo emitiu um alerta para quatro dias de chuvas intensas e risco elevado de transtornos em todo o estado, deste sábado (13) até terça-feira (16), o que pode comprometer ainda mais o restabelecimento total da energia.

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