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Demanda por ar-condicionado dispara em 2024, mas preço não acompanha inflação; por que isso ocorre?

Publicado sex, 21 fev 2025 • 10:27 PM GMT-0300 | Atualizado há 13 horas

Giovanni Porfírio, do Times Brasil

KEY POINTS

  • As altas temperaturas registradas no Brasil nos últimos tempos têm contribuído para um aumento na venda de ar-condicionado.
  • No geral, esse aumento é justificado pelas fortes ondas de calor ao longo do ano.
  • O Mercado Livre, por exemplo, já observou um aumento de 48% nas buscas por ar-condicionado nos primeiros 15 dias de fevereiro deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado.
Ar-condicionado.

Ar-condicionado.

Pixabay.

As altas temperaturas registradas no Brasil nos últimos tempos têm contribuído para um aumento na venda de ar-condicionado. No entanto, esse movimento não acompanha a inflação de preços ao consumidor, segundo o IBGE.

No ano passado, segundo dados da Zona Franca de Manaus, quase 5,8 milhões de equipamentos residenciais do tipo split foram vendidos no Brasil, 2 milhões a mais do que o registrado em 2023 – dois anos antes, esse número chegou a 5,4 milhões de unidades. Veja o histórico:

Fonte: Zona Franca de Manaus.

As empresas já sentem o impacto desse crescimento nas vendas dos aparelhos. O Mercado Livre, por exemplo, já observou um aumento de 48% nas buscas por ar-condicionado nos primeiros 15 dias de fevereiro deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado.

No geral, esse aumento é justificado pelas fortes ondas de calor ao longo do ano. No mês passado, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) confirmou que 2024 foi o ano mais quente já registrado, com a temperatura média global da superfície chegando a 1,5°C, relativo à média pré-industrial de 1850-1900.

“Isso significa que, provavelmente, acabamos de vivenciar o primeiro ano com uma temperatura média global superior ao limite de 1,5°C do Acordo de Paris, relativo à média pré-industrial de 1850-1900”, afirma a OMM.

Ar-condicionado ainda é maioria em empresas

Uma pesquisa da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) apontou que apenas 17% dos domicílios brasileiros possuem um ou mais equipamentos instalados atualmente no Brasil – o que revela um grande espaço a ser explorado no país, em contrapartida ao setor empresarial.

“O setor comercial demanda maiores volumes de investimentos e a maioria dos equipamentos são por encomendas, o que torna o ciclo um pouco menos intenso. Enquanto as estimativas do índice de penetração dos equipamentos de ar-condicionado no segmento residencial são estimadas em 17%, no segmento comercial é superior a 80%”, diz Arnaldo Basile, presidente-executivo da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava).

Aumento nas vendas de ar-condicionado não acompanha inflação. Por que isso ocorre?

A Abrava explica que entre o final de 2023 e início de 2024, o Brasil registrou um forte aumento de demanda provocado pela onda de calor intensa no período. No entanto, a região da Zona Franca teve graves problemas de logística causados pela seca dos rios da região.

“Essa combinação de fatores, no início do ano passado, fez com que houvesse escassez de produtos nas lojas e, consequentemente, elevação de preços”, disse Basile.

De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a variação acumulada em 12 meses em janeiro de 2024 superou os 25%.

Assim, ao longo do ano, os fabricantes ampliaram a produção e os problemas de logística foram sendo resolvidos, o que fez com que os preços dos aparelhos nas lojas fosse diminuindo gradativamente – isso explica a variação negativa no início de 2024, segundo o gráfico abaixo. Confira:

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Tendências e inovações para o setor

Na visão de Joana Canozzi, diretora da Abrava, o setor de ar-condicionado caminha em linha com a redução dos impactos ambientais. Para ela, uma das tendências em inovação é a busca por sustentabilidade e melhoria da deficiência energética.

“Novas tecnologias têm sido lançadas. Outros tipos de compressão que também vem sendo investigados, mas sem dúvida, o que vai direcionar isso é também a busca por redução do impacto ambiental”, afirmou.

Ainda de acordo com a diretora, um outro tema bastante discutível no setor de ar-condicionado é a geração de dados e monitoramento, o que vem de encontro com a implementação de sistemas de controle de dispositivos eletrônicos.

“É cada vez mais importante ter informações para poder atuar mais estrategicamente promovendo eficiência energética, como por exemplo, equipamentos que monitoram e geram dados operacionais do sistema que detectam a presença e o movimento de pessoas”.

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