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Banco Master: Instituto alerta para a segunda onda de efeitos da quebra
Publicado 20/11/2025 • 21:45 | Atualizado há 1 hora
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Publicado 20/11/2025 • 21:45 | Atualizado há 1 hora
KEY POINTS
Crise do Banco Master pode causar sérios danos a empresas e aposentados
A apreensão de investidores aumentou nas últimas semanas diante de um fenômeno que especialistas já classificam como a “segunda onda” de efeitos da liquidação extrajudicial do Banco Master. Se a primeira fase atingiu depositantes e aplicadores diretos da instituição, a nova etapa alcança quem nunca investiu no banco — mas pode sofrer perdas via fundos de investimento, derivativos, CRIs, FIPs ou previdência complementar.
Essa contaminação indireta preocupa analistas porque atinge investidores que não tinham relação aparente com o banco, mas estavam expostos por meio de gestores que alocaram recursos em veículos com ativos associados ao Master. Nessas estruturas, não há proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).
É exatamente esse o ponto central levantado pelo Instituto Empresa, associação que desde 2017 atua em governança corporativa e defesa de investidores. A entidade afirma que a liquidação do Master gerou uma segunda camada de impactos, “atingindo investidores que jamais contrataram produtos da instituição, mas que estavam expostos por decisões de gestores”.
O caso da Oncoclínicas S.A. (ONCO3) ilustra essa contaminação em cadeia. A companhia informou ter R$ 433 milhões aplicados em CDBs do Banco Master — dos quais R$ 217 milhões já estavam provisionados, restando R$ 216 milhões como exposição contábil. Isso pode pressionar a ação e gerar perdas a investidores que jamais investiram diretamente no banco liquidado.
CRIs emitidos pela empresa também registram desvalorização em meio à desconfiança do mercado sobre sua capacidade de honrar compromissos financeiros. O quadro é agravado pelo histórico recente da companhia, que já havia registrado perdas consideráveis ligadas à Ambipar, agora em recuperação judicial.
Especialistas alertam que muitos fundos multimercados, fundos de crédito, FIPs, carteiras administradas e planos de previdência carregavam exposição direta ou indireta ao Master. Em boa parte dos casos, os investidores não foram informados com antecedência sobre essa concentração de risco.
Isso aciona o alerta sobre o dever fiduciário dos gestores. Eles não são donos dos recursos — apenas administram o patrimônio de terceiros, e devem atuar com diligência máxima para monitorar riscos, mitigar perdas e informar tempestivamente qualquer deterioração relevante.
Fundos de pensão também estão no centro da preocupação. O RioPrevidência aportou cerca de R$ 2 bilhões no Master entre maio e julho de 2025, já na fase crítica do banco. A AmazonPrev registrou perdas de R$ 50 milhões, e segundo especialistas, episódios como o não acionamento do IRB Brasil após prejuízos em 2020 ajudam a explicar por que participantes podem enfrentar impactos por anos no futuro.
Para especialistas, a segunda onda da crise evidencia um ponto estrutural do sistema: investidores podem estar expostos a riscos significativos sem jamais terem aplicado diretamente neles. Em produtos de previdência e fundos de crédito privado, a cadeia de intermediação pode ocultar essas ligações até que a crise estoure.
Segundo avaliadores independentes, os riscos agora incluem:
Diante desse cenário, especialistas recomendam que investidores tomem iniciativas imediatas para verificar a real exposição:
A liquidação do banco — provocada por “grave crise de liquidez” e “violações relevantes às normas do Sistema Financeiro Nacional”, segundo o Banco Central — é considerada um marco para o sistema de crédito privado.
E, para os investidores, reforça uma lição conhecida, mas frequentemente negligenciada: não basta acompanhar o extrato. É necessário questionar, exigir transparência, verificar garantias e monitorar a qualidade de crédito de toda a cadeia, mesmo quando a aplicação é feita via fundos ou planos supostamente diversificados.
A segunda onda da quebra do Master, destacam analistas, não é apenas um problema de um banco, mas um alerta sistêmico sobre governança, risco de crédito e comunicação com o investidores em um mercado cada vez mais dependente de produtos estruturados e crédito privado.
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