Ações da Novo Nordisk sobem após lucro acima do esperado e aumento nas vendas do Wegovy
Ações da Apple caem 3% no pré-mercado após China considerar investigação sobre práticas da App Store
Demanda global por ouro atinge novo recorde em 2024; apetite pelo metal em 2025 segue forte
Disney supera previsões de lucro, mas perde assinantes do Disney+
Mattel diz que Barbies e Hot Wheels podem ficar mais caros com as tarifas de Trump
KEY POINTS
Casa Branca/Divulgação
O Brasil pedirá explicações ao governo de Donald Trump pelo que chamou de “desrespeito aos direitos fundamentais” de brasileiros deportados dos Estados Unidos, que foram algemados durante a viagem.
Este é o primeiro episódio de tensão entre os governos do novo presidente dos Estados Unidos e de Luiz Inácio Lula da Silva, que manifestou seu desejo de preservar a “relação histórica” entre Washington e Brasília no dia da posse de Trump, em 20 de janeiro.
Quando o avião pousou na cidade de Manaus, as autoridades brasileiras ordenaram que os oficiais norte-americanos “removessem imediatamente as algemas”, informou o Ministério da Justiça em um comunicado.
Leia também:
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, relatou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva “o flagrante desrespeito aos direitos fundamentais dos cidadãos brasileiros”, segundo o comunicado.
O impasse surge em meio ao retorno de Donald Trump à presidência dos EUA, trazendo uma agenda rigorosa contra a imigração, com promessas de reprimir a migração irregular e intensificar as deportações em massa.
Uma fonte do governo informou à AFP que o voo de deportação não tinha relação direta com as ordens de imigração emitidas por Trump ao assumir o cargo na última segunda-feira, mas estava vinculado a um acordo bilateral firmado em 2017.
O voo tinha como destino original a cidade de Belo Horizonte, mas enfrentou um problema técnico que forçou o pouso em Manaus.
Segundo um comunicado da Polícia Federal, o avião chegou na noite de sexta-feira com 88 brasileiros a bordo. No entanto, o governo do estado do Amazonas, cuja capital é Manaus, informou que havia 79 passageiros: 62 homens, 11 mulheres e seis crianças.
“Ao tomar conhecimento da situação, o presidente Lula ordenou que uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) fosse mobilizada para transportar os brasileiros ao destino final, a fim de garantir que pudessem concluir a viagem com dignidade e segurança”, afirmou o Ministério da Justiça.
Trump prometeu endurecer as ações contra a imigração irregular durante a campanha eleitoral e iniciou seu segundo mandato com uma série de decretos executivos voltados a reformular o sistema de entrada nos Estados Unidos.
No primeiro dia no cargo, ele assinou ordens declarando uma “emergência nacional” na fronteira sul dos EUA, anunciou o envio de mais tropas para a região e prometeu deportar “imigrantes criminosos”.
Vários voos de deportação desde segunda-feira atraíram atenção pública e midiática, embora ações semelhantes também fossem comuns sob governos anteriores dos EUA.
Em uma mudança em relação às práticas anteriores, no entanto, o governo Trump começou a usar aeronaves militares para os voos de repatriação, com pelo menos um pouso registrado na Guatemala nesta semana.
O avião que pousou em Manaus, entretanto, não era uma aeronave militar, confirmaram jornalistas da AFP na cidade.
Mais lidas
Após prejuízo de R$ 14 bi, TCU abre auditoria sobre a gestão da Previ, fundo de pensão do BB
Lucro do Itaú atinge R$ 10,9 bilhões no quarto trimestre de 2024
CEO da Ford nos EUA pede análise 'abrangente' de tarifas para todos os países
Google abandona metas de diversidade de equipe
Prazo máximo de pagamento do empréstimo consignado aumenta para 96 meses