Começam as primeiras deportações de imigrantes durante novo governo Trump
Publicado 24/01/2025 • 19:51 | Atualizado há 3 meses
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Publicado 24/01/2025 • 19:51 | Atualizado há 3 meses
KEY POINTS
Migrantes se alinham para deixar os Estados Unidos rumo ao México após serem deportados através da ponte internacional Paso del Norte
Foto: Reuters/Jose Luis Gonzalez
Começaram as primeiras deportações do novo governo de Donald Trump nos Estados Unidos. A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, divulgou imagens de imigrantes algemados sendo encaminhados para aeronaves militares, confirmando que os “voos de deportação começaram”.
Trump, que sempre fez da imigração ilegal um dos pilares de sua administração, afirmou que as deportações estão “indo muito bem” e que os esforços estão focados em expulsar criminosos.
Ele ressaltou que a prioridade tem sido a remoção de imigrantes considerados perigosos, descrevendo-os como “piores do que qualquer um que você já tenha visto”.
A medida é um reflexo das ordens executivas de Trump para reforçar o controle sobre a imigração, com o objetivo de enviar uma mensagem clara de que a entrada ilegal nos Estados Unidos trará consequências severas.
Um avião com 88 imigrantes brasileiros deportados dos Estados Unidos chegou ao aeroporto de Confins, em Belo Horizonte, nesta sexta-feira, 24.
O voo de deportação para o Brasil, embora seja o primeiro desde que Donald Trump assumiu impondo políticas mais rígidas contra imigração, é parte de um processo que vinha correndo antes da posse do republicano, durante a administração Joe Biden.
Fontes do Itamaraty destacaram que o País tem recebido voos como esse desde 2017, quando firmou um entendimento com os Estados Unidos sobre as deportações. O objetivo era reduzir o tempo que os brasileiros ficam detidos nos EUA por problemas com a imigração.
As deportações só ocorrem quando o caso é inapelável, ou seja, quando não cabe mais recurso para o imigrante. Por isso, o entendimento dentro do governo brasileiro é que o voo não tem qualquer relação com a troca de comando na Casa Branca.
Donald Trump tomou posse no começo da semana e assinou uma série de decretos para reprimir o que chama de “invasão” de imigrantes. O presidente declarou emergência na fronteira sul e enviou 1,5 mil militares para a divisa com o México, além dos mais de 2 mil que estavam lá para oferecer apoio logístico às autoridades migratórias.
Em uma das ações mais controvertidas, Trump tentou retirar a cidadania das crianças nascidas nos Estados Unidas, filhas de imigrantes em situação ilegal ou com visto temporário. O direito à cidadania por nascimento, contudo, está previsto na Constituição americana e o decreto foi bloqueado na quinta-feira, 23, por decisão da Justiça. Algumas das ações do governo podem ser travadas por desafios legais.
Outras têm impacto imediato sobre os imigrantes que sonham com uma vida melhor nos Estados Unidos. Na fronteira, muitos foram pegos de surpresa com o fim do CBP One, aplicativo que permitiu a entrada de 1 milhão de solicitantes de asilo no país.
Em ordem assinada esta semana, a Casa Branca declarou que estava suspendendo a entrada de estrangeiros envolvidos na “invasão” e instruindo os departamentos do governo a adotar “todas as medidas necessárias para repelir, repatriar e remover imediatamente os estrangeiros ilegais”. A nota dizia ainda que o presidente restringiu ainda mais o acesso a mecanismos que permitiam a entrada nos EUA, como o asilo.
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