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Brasileira que se dizia futura astronauta é desmentida por instituições

Publicado 12/06/2025 • 16:43 | Atualizado há 2 dias

Giovanni Porfírio, do Times Brasil

KEY POINTS

  • Após afirmar que participará do voo inaugural da Titans Space, previsto para 2029, a mineira Laysa Peixoto, de 22 anos, natural de Contagem (MG), região metropolitana de Belo Horizonte, tem ganhado notoriedade nos últimos dias nas redes sociais.
  • Segundo a Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA) — órgão norte-americano, equivalente à Anac no Brasil, que regula e supervisiona a aviação civil e o transporte espacial comercial nos Estados Unidos — a empresa não possui autorização para voos espaciais.
  • Apesar de aparecer vestida com um macacão com logo da NASA em suas postagens, a agência americana não reconhece Laysa como candidata a astronauta.
Laysa Peixoto.

Laysa Peixoto.

Divulgação Instagram/Laysa Peixoto.

Após afirmar que participará do voo inaugural da Titans Space, previsto para 2029, a mineira Laysa Peixoto, de 22 anos, natural de Contagem (MG), região metropolitana de Belo Horizonte, tem ganhado notoriedade nos últimos dias nas redes sociais. No entanto, instituições americanas citadas por ela começaram a desmentir declarações e negar vínculos com a estudante.

Segundo a Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA) — órgão norte-americano, equivalente à Anac no Brasil, que regula e supervisiona a aviação civil e o transporte espacial comercial nos Estados Unidos — a empresa Titans Space não possui autorização para voos espaciais, colocando em dúvida a própria viabilidade da viagem.

“A Titans Space não é licenciada pela FAA para operações comerciais de voos espaciais tripulados”, disse a FAA em nota oficial enviada ao Times Brasil — Licenciado Exclusivo CNBC. A reportagem entrou em contato com a empresa Titans Space, mas não teve retorno.

Apesar de aparecer vestida com um macacão com logo da NASA em suas postagens, a agência americana não reconhece Laysa como candidata a astronauta. Em nota oficial enviada ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, diz que “embora geralmente não comentemos sobre pessoal, esse indivíduo não é funcionário da NASA, líder de pesquisas ou candidato a astronauta. A agência também não é afiliada à missão espacial Titans”.

A agência ainda explica que o programa da qual a brasileira participa trata-se de um workshop. “O Programa L’Space é um workshop para estudantes — não é um estágio da NASA ou trabalho na agência. Seria inapropriado reivindicar a afiliação à Nasa como parte dessa oportunidade”.

Entenda o caso

Em postagem na rede social Instagram, onde acumula mais de 155 mil seguidores, Laysa anunciou que foi selecionada para se tornar astronauta de carreira, realizando o sonho que sempre considerou impossível. Ela celebrou a conquista de ser a primeira mulher brasileira a alcançar o espaço e prometeu seguir firme no treinamento e formação como piloto.

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Em 2023, a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil fez um post elogiando a jovem, afirmando que ela seria “a primeira mulher a comandar uma equipe da NASA”. Confira:

A assessoria de imprensa de Laysa foi procurada, mas não retornou ao contato até o fechamento desta reportagem.

Universidades contestam informações

Nas redes sociais, Laysa também se apresenta como estudante da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ela teve destaque em uma reportagem no site da instituição em 2021, aos 18 anos, quando estava no segundo período do curso de Física, após descobrir “um novo asteroide no espaço”.

Segundo o texto, Laysa “identificou o corpo celeste durante sua participação em uma campanha de “caça asteroides” da Agência Espacial Norte-americana (Nasa), em parceria com o programa de ciência cidadã The International Astronomical Search Collaboration”.

Veja:

Site da UFMG aborda a descoberta de Laysa Peixoto na graduação de Física da instituição | Reprodução/UFMG

Em nota oficial ao Times Brasil — Licenciado Exclusivo CNBC, a instituição informou que Laysa Peixoto Sena Lage “não possui vínculo com a UFMG, tendo sido desligada do curso de Física por não matrícula no segundo período letivo de 2023”. Disse ainda que a estudante “cursou 2021/1, 2021/2, 2022/1 e 2022/2. Teve um trancamento total em 2023/1, vindo a ser desligada por não matrícula em 2023/2”.

A mineira também se apresenta como mestranda em Física Quântica e Computação na Universidade Columbia, em Nova York. Porém, o instituto não localizou nenhum registro com o nome de Laysa em seus programas de graduação ou pós-graduação.

“Em referência à consulta à Laysa Peixoto Sena Lage, não localizamos nenhuma informação em nossos registros”, disse a instituição em nota oficial ao Times Brasil — Licenciado Exclusivo CNBC.

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