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Manutenção da Selic deve desacelerar atividade da construção em 2025, avalia CBIC
Publicado 05/11/2025 • 21:52 | Atualizado há 3 horas
Publicado 05/11/2025 • 21:52 | Atualizado há 3 horas
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Setor industrial sente efeito da Selic de 15% e registra queda em julho.
A manutenção da taxa básica de juros em 15% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom) deve desacelerar o ritmo de expansão do setor da construção em 2025. É o que avalia Renato Correia, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
A entidade revisou a estimativa de crescimento para este ano de 2,3% para 1,3%, diante do cenário de crédito mais restrito.
“O setor está com uma boa atividade, com 3 milhões de empregos com carteira assinada e com FGTS com orçamento robusto. Então, a atividade continua, porém, muito aquém do que o Brasil precisa. Quando o mercado não cresce, é menos habitação, é menos infraestrutura para o país”, afirmou Correia em entrevista ao jornal Times Brasil – Exclusivo CNBC desta quarta-feira (5).
Segundo ele, o impacto é sentido de formas distintas dentro da cadeia da construção. O primeiro segmento a ser afetado é o varejo de materiais e pequenas reformas, que é mais sensível à renda das famílias e ao crédito direto ao consumidor. Na sequência, a redução de depósitos na poupança limita o acesso a crédito para a classe média.
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No caso da infraestrutura, o presidente da CBIC alerta que o custo do dinheiro mais alto por mais tempo pode tornar projetos inviáveis. “No caso da infraestrutura, é a conta da viabilidade financeira: mais dinheiro que custa muito mais caro por mais tempo. Em algum momento, pode não ser atrativo investir em determinado ponto da infraestrutura do país”, pontuou.
Correia afirmou que o setor espera cortes na taxa de juros já na primeira reunião do Copom de 2026. No entanto, reconheceu que o Banco Central mantém o foco em levar a inflação para o centro da meta, o que pode adiar o alívio monetário.
“A nossa expectativa, infelizmente, é pessimista, de que o juro não caia ainda no primeiro mês do ano [que vem]”, avaliou.
Segundo Correia, mais importante do que o tamanho do corte na Selic é a sinalização da autarquia em relação aos juros. “A tendência é mais importante do que o número. O mercado responde quando há direção clara.”
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Apesar do aperto monetário, a CBIC projeta melhora gradual no cenário econômico para o próximo ano. A liberação de parte do compulsório deve ampliar os recursos da poupança em cerca de R$ 37 bilhões a R$ 40 bilhões em 2026, o que pode reaquecer financiamentos imobiliários.
Correia também apontou que há fatores que devem sustentar a atividade no setor em 2026, mesmo com juros elevados no curto prazo. Segundo ele, o FGTS tende a contar com um orçamento maior, impulsionado pela continuidade do Minha Casa Minha Vida. Além disso, novas concessões de infraestrutura devem ampliar o ritmo de obras.
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