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Fed deve cortar juros dos EUA em 0,25 ponto, mas investidores já miram 2026
Publicado 29/10/2025 • 09:20 | Atualizado há 2 semanas
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Publicado 29/10/2025 • 09:20 | Atualizado há 2 semanas
KEY POINTS
Reprodução CNBC
Presidente do Federal Reserve Jerome Powell, após corte na taxa de juros.
O mercado financeiro global amanheceu nesta quarta-feira (29) esperando pela decisão do Federal Reserve (Fed) sobre a taxa básica de juros dos Estados Unidos. O anúncio deverá ser feito por volta das 15h (Brasília) e o corte de 0,25 ponto percentual já é dado como certo, reduzindo a taxa de juros (Fed Funds) para uma margem entre 3,75% a 4% ao ano, conforme a expectativa da maior parte das instituições financeiras.
A atenção, no entanto, está voltada à coletiva do presidente Jerome Powell, marcada para logo após o anúncio. Os investidores esperam que ele sinalize um terceiro corte consecutivo ainda em dezembro, além de possivelmente dar pistas sobre a trajetória da política monetária em 2026, quando se encerra seu mandato.
Com a inflação anual em desaceleração e os indicadores de emprego mostrando perda de fôlego, o Fed ganha espaço para reduzir os juros sem provocar desequilíbrios significativos. Ainda assim, parte do mercado avalia que o ciclo de cortes pode ser interrompido se a atividade mostrar recuperação no início do próximo ano.
“Esperamos um corte de 25 pontos-base, levando a taxa para 4% ao ano. O pano de fundo é a desaceleração da inflação e a deterioração gradual do mercado de trabalho. A continuidade dos cortes dependerá da manutenção desse cenário”, afirma relatório da Ajax Asset Management.
O Banco Daycoval destaca que a decisão ocorre em meio à paralisação parcial dos órgãos federais, que já dura quatro semanas, o que limita a divulgação de dados econômicos. “A falta de informações deve ser um dos temas da reunião do FOMC. O dado de inflação mais benigno divulgado na semana passada deve contribuir para a decisão de corte”, avaliou a instituição.
Antes mesmo do anúncio, os futuros do S&P 500 e do Nasdaq operavam em alta, refletindo o otimismo com a continuidade do ciclo de afrouxamento monetário. O movimento vem sustentado também pela expectativa de bons resultados corporativos: mais de um terço das empresas do índice S&P 500 divulgarão balanços nesta semana, incluindo Boeing, CVS, Verizon, Alphabet, Meta e Microsoft.
As atenções também estão sobre a Nvidia, que se aproxima da marca de US$ 5 trilhões em valor de mercado, impulsionada pela expectativa de retomada de vendas na China.
A decisão do Fed coincide com novas críticas do presidente Donald Trump ao comando de Powell. Durante visita à Coreia do Sul, Trump afirmou que a Casa Branca ficaria “muito feliz” quando o mandato do presidente do banco central chegar ao fim. O republicano tem defendido cortes mais rápidos, argumentando que a queda nos preços de combustíveis e alimentos, somada ao aumento dos salários, justificaria medidas adicionais de estímulo.
A viagem também antecede o aguardado encontro entre Trump e o presidente chinês Xi Jinping, previsto para amanhã, em Seul. Investidores esperam que a reunião alivie tensões comerciais e abra caminho para a retomada das exportações de chips norte-americanos à China.
O ambiente externo favorável deve seguir sustentando os ativos de risco no Brasil. O Ibovespa atingiu novo recorde nesta semana, aos 147 mil pontos, impulsionado por fluxos estrangeiros e expectativas de manutenção dos estímulos monetários nos EUA.
Por aqui, o dia também é de balanços relevantes, com Santander Brasil antes da decisão do Fed e Bradesco após o fechamento do pregão.
Se confirmada a redução da taxa pelo FOMC, a combinação de juros menores nos EUA e desempenho robusto das grandes empresas de tecnologia tende a reforçar o apetite global por risco — mas a partir de agora, o foco se desloca para a mensagem de Powell e o rumo do Fed em 2026.
No Brasil, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) vai anunciar a decisão de juros na semana que vem (5). O mercado espera pela manutenção da taxa em 15% ao ano, em meio à desaceleração da inflação e desemprego na mínima histórica.
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