Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC no
CNI: retirada de tarifa de 10% amplia urgência para eliminar sobretaxa; Fiemg aponta ‘dúvidas relevantes’
Publicado 15/11/2025 • 15:44 | Atualizado há 2 horas
Importantes CEOs do setor imobiliário dizem que não há êxodo corporativo em Nova York após vitória de Mamdani
Famílias bilionárias optam por comprar times esportivos em vez de colecionar arte e carros
EUA e Suíça fecham acordo comercial para reduzir tarifas a 15%
EXCLUSIVO: empresas de IA admitem preocupação com bolha no mercado de ações
Alibaba mira assinaturas de IA e pagamentos tokenizados em parceria com o JPMorgan
Publicado 15/11/2025 • 15:44 | Atualizado há 2 horas
KEY POINTS
CNI/Divulgação
Tarifaço atingiu exportações brasileiras
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) avalia que a retirada pelos Estados Unidos da tarifa recíproca de 10% para uma ampla lista de produtos agrícolas a todos os países expõe a urgência de o Brasil avançar nas negociações para eliminar a sobretaxa de 40% aplicada exclusivamente aos exportadores brasileiros.
O presidente da CNI, Ricardo Alban, calcula que o ajuste na política de tarifas norte-americanas oficializada em decreto nesta sexta-feira melhora a posição de competidores internacionais, enquanto setores tradicionais do Brasil seguem enfrentando barreiras elevadas.
“Países que não enfrentam essa sobretaxa terão mais vantagens que o Brasil para vender aos americanos. É muito importante negociar o quanto antes um acordo para que o produto brasileiro volte a competir em condições melhores no principal destino das exportações industriais brasileiras”, diz Alban.
Segundo análise preliminar divulgada pela entidade, a decisão do governo dos EUA de zerar a tarifa global de 10% atinge 238 produtos agrícolas e beneficia diretamente 80 itens efetivamente exportados pelo Brasil. Em 2024, esses produtos somaram US$ 4,6 bilhões (cerca de R$ 24,3 bilhões, na cotação atual) em vendas aos americanos, cerca de 11% do total exportado. No entanto, apenas três tipos de suco de laranja e a castanha-do-pará ficam completamente isentos de taxação. Os demais continuam sujeitos à cobrança dos 40%.
Leia mais:
Tarifaço: Após Trump cortar taxas, Alckmin cobra correção de “distorção”
Trump exclui itens agrícolas da tarifa recíproca e atualiza regras de importação
A CNI destaca que produtos de forte peso na pauta comercial, como café não torrado, carne bovina e cera de carnaúba, tiveram redução parcial da carga total, mas seguem submetidos à alíquota extra. “Os outros 76 produtos permanecem com os 40% específicos ao Brasil”, aponta o levantamento. Isso significa que, apesar do alívio na tarifa recíproca global, a competitividade brasileira em segmentos estratégicos continua limitada.
A decisão americana ocorre em um contexto de forte pressão doméstica sobre o governo Trump para reduzir o custo de vida nos EUA. O decreto publicado pela Casa Branca, com efeito retroativo, zera tarifas sobre carne bovina, banana, café, tomate, frutas tropicais e outros itens agrícolas, devido ao caráter global da medida.
O governo brasileiro tem buscado reverter a sobretaxa de 40% por meio de negociações diplomáticas bilaterais. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, reuniu-se em Washington com o secretário de Estado americano, Marco Rubio, para tratar do tema. Vieira afirmou que “Marco Rubio e os EUA demonstraram interesse em boa relação com o Brasil”, e que aguarda uma resposta oficial a uma proposta brasileira que prevê uma pausa temporária nas tarifas enquanto se inicia uma discussão setorial.
No entendimento da CNI, a dificuldade de acesso competitivo ao mercado americano cresce na medida em que concorrentes passam a operar sob tarifas reduzidas ou zeradas. O Brasil é o principal fornecedor de café arábica aos EUA, por exemplo, mas vê seu produto enfrentar restrições maiores que as aplicadas a Vietnã e Colômbia.
Nos cortes de carne bovina, cenário semelhante se repete. “As condições podem melhorar para competidores internacionais enquanto o Brasil continua penalizado”, afirma a entidade em sua nota.
A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) afirmou em comunicado que considera positiva, mas ainda limitada, a redução parcial das tarifas aplicadas pelos EUA a produtos brasileiros. Para a instituição ainda restam dúvidas quanto à medida.
“Embora represente um avanço inicial, persistem dúvidas relevantes entre exportadores mineiros sobre a manutenção da sobretaxa de 40%, o que continua afetando a competitividade de setores como carnes e café, essenciais para a competitividade da indústria mineira”, afirma a federação.
A instituição afirma ainda que a medida não esclarece integralmente o alcance da revisão tarifária, e que seu impacto prático permanece incerto, sobretudo para produtos em que o Brasil é fornecedor essencial ao mercado americano.
O presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, afirma que “a decisão mostra disposição ao diálogo, porém é necessário avançar mais para remover todas as barreiras adicionais e restabelecer condições adequadas de competitividade para a indústria mineira”.
—
🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais
🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562
🔷 ONLINE: www.timesbrasil.com.br | YouTube
🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings
Mais lidas
1
Tarifaço: Após Trump cortar taxas, Alckmin cobra correção de “distorção”
2
Copa do Mundo 2026: confira os valores dos ingressos e como comprar o seu
3
Maioria dos brasileiros que abriu negócio próprio quer voltar à CLT, mostra pesquisa
4
Oi: Justiça suspende falência e determina volta à recuperação judicial
5
AMBIPAR: CVM vai à Justiça por dúvidas sobre transparência na empresa e quer a quebra do sigilo