Combustíveis em alta: recorde de vendas em 2024, preços sobem em 2025
Publicado dom, 16 fev 2025 • 2:38 PM GMT-0300 | Atualizado há 6 dias
Publicado dom, 16 fev 2025 • 2:38 PM GMT-0300 | Atualizado há 6 dias
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Abastecedor de combustível
Reprodução Unsplash
O Brasil vendeu 133,1 bilhões de litros de combustíveis em 2024, impulsionado pelo aumento no consumo de etanol e diesel. No entanto, o setor iniciou 2025 com reajustes nos preços, reflexo do aumento do ICMS e do primeiro reajuste no diesel pela Petrobras desde outubro de 2023. As mudanças podem impactar o custo do transporte e pressionar a inflação nos próximos meses.
A gasolina C, que contém etanol anidro na composição, registrou vendas de 44,19 bilhões de litros, com uma queda de 4% em relação a 2023. Já o etanol hidratado, que pode substituir a gasolina em veículos flex, teve um crescimento expressivo de 33,4%, totalizando 21,66 bilhões de litros. O diesel B, principal combustível utilizado no transporte de cargas e passageiros, alcançou 67,25 bilhões de litros vendidos, um aumento de 2,6% na comparação anual.
A produção nacional de gasolina A supriu 90% da demanda interna, enquanto as importações representaram 10%. No caso do diesel A, 25% das vendas tiveram origem em importações. O gás liquefeito de petróleo (GLP), utilizado principalmente em residências, teve vendas de 7,57 milhões de metros cúbicos, um crescimento de 2,2%. O biodiesel acompanhou esse aumento, totalizando 8,96 bilhões de litros comercializados, impulsionado pelo acréscimo da mistura obrigatória ao diesel, que passou de 12% para 14%.
A partir de 1º de fevereiro de 2025, o setor passou a enfrentar reajustes nos preços dos combustíveis. O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) determinou um aumento no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), elevando em R$ 0,10 por litro o valor da gasolina e do etanol, que passaram a ter alíquota de R$ 1,47 por litro. No diesel e no biodiesel, o aumento foi de R$ 0,06 por litro, atingindo R$ 1,12 por litro.
Além disso, a Petrobras anunciou um reajuste no preço do diesel vendido às distribuidoras, que subiu R$ 0,22 por litro, passando a custar R$ 3,72 por litro. Esse foi o primeiro aumento no preço do diesel desde outubro de 2023 e teve como justificativa a necessidade de alinhamento dos valores internos com o mercado internacional.
Os reajustes devem gerar efeitos diretos sobre os custos logísticos no Brasil, especialmente no transporte de cargas, que depende majoritariamente do diesel. O aumento nos custos pode se refletir em preços mais altos para bens e serviços, impactando a inflação e o orçamento dos consumidores.
O setor de abastecimento, que contava com 131.278 agentes regulados pela ANP até o final de 2024, entre postos, distribuidoras e produtores, segue monitorando os desdobramentos desses reajustes e seus reflexos no consumo ao longo de 2025. O cenário sugere novos desafios para o mercado e para os consumidores, que podem enfrentar novos repasses de preços nos próximos meses.
O mercado de combustíveis no Brasil segue influenciado por variáveis econômicas, políticas e tributárias, que afetam diretamente os preços e o comportamento dos consumidores. O ano de 2024 foi marcado por aumento na comercialização de alguns produtos, mas o início de 2025 já aponta para desafios no custo de abastecimento no país.
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