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Brasil

Crise com Carrefour: ‘Lula nos orientou a defender a produção brasileira’, diz ministro da Agricultura

Publicado 25/11/2024 • 19:45 | Atualizado há 7 meses

Eduardo Gayer, para o Times Brasil

KEY POINTS

  • Carlos Fávaro, o ministro da Agricultura, descreve com exclusividade ao Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC sua conversa com o presidente Lula sobre o embate entre o agronegócio e o Carrefour.
  • Fávaro diz que veto do Carrefour às carnes do Mercosul têm impacto moral para o Brasil, mas não comercial
  • Ministro chama declaração de CEO do Carrefour sobre insegurança sanitária das carnes brasileiras de “fake news absurda” e pede retratação

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) orientou o governo a defender a produção brasileira no embate com o Carrefour, afirmou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC.

Após o grupo francês suspender a compra de carnes do Mercosul, gigantes do agronegócio brasileiro reagiram com a interrupção do fornecimento dos produtos às unidades da rede no País. “O presidente elogiou a nossa postura”, declarou o ministro.

O CEO global do Carrefour, Alexandre Bompard, anunciou na semana passada que o grupo deixaria de comercializar carnes provenientes do Mercosul após ouvir produtores franceses que são contrários ao acordo comercial negociado entre União Europeia e o bloco sul-americano. No comunicado oficial, o executivo ainda afirmou que as carnes brasileiras “não atendem às exigências e normas” dos europeus.

De acordo com Fávaro, a declaração é uma “fake news absurda”, com “impacto moral” para o país. “O CEO do Carrefour precisa se retratar. O grupo compra nossa carne há 40 anos e não pode falar da qualidade sanitária. Nossa régua é alta”, afirmou o ministro à reportagem. Ele assegura, porém, que o impacto comercial da medida é baixo. “Hoje, só 0,5% das exportações de carnes brasileiras vão para a França.”

Em nota oficial, o Grupo Carrefour Brasil lamentou o impasse, reiterou sua estima pelo agronegócio brasileiro e afirmou que negocia uma saída. “Por isso, estamos em diálogo constante na busca de soluções que viabilizem a retomada do abastecimento de carne nas nossas lojas o mais rápido possível, respeitando os compromissos que temos com nossos mais de 130 mil colaboradores e com milhões de clientes em todo o Brasil”, disse a companhia.

Carlos Fávaro afirmou que o Carrefour tem “todo o direito” de privilegiar os produtores franceses, mas não pode “arrumar embargo comercial desta forma”. “Nosso setor está unido sobre isso, de A a Z”. Ele ainda negou que o embate com a gigante supermercadista afete a relação diplomática entre Brasil e França.

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