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Dia do Consumidor: “83% pretendem reduzir compras”, diz Bain & Company
Publicado 15/03/2025 • 20:41 | Atualizado há 6 meses
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Publicado 15/03/2025 • 20:41 | Atualizado há 6 meses
KEY POINTS
Varejo.
Pexels
Hoje (15), é o Dia do Consumidor – dados indicam um cenário que acende um sinal de alerta ao varejista – difícil para se comemorar. Isso se explica por: a inflação geral está na casa dos 5,06% (no acumulado de 12 meses). E a de alimentos e bebidas, 7%. Isso sem contar com a Selic, em trajetória de alta. A taxa básica de juros está em 13,25%.
Além disso, o resultado da pesquisa da Bain & Company, Consumer Pulse (2025), realizada em janeiro deste ano na América Latina (7,5 mil pessoas, 2 mil no Brasil), reflete uma realidade nada boa. O brasileiro está “ajustando os seus gastos”, disse o estudo. Com o custo de vida mais caro, 83% disseram que estão cortando gastos, contra 80% em 2024. Quase que a totalidade dos entrevistados, ou seja, 90% afirmaram que produtos que compram nos últimos três meses estão mais caros, contra 81% no ano passado.
O documento diz também que, para 70% o maior vilão é o alimento. Na esteira desta realidade, 42% dos consumidores confirmam que estão dispostos a experimentar marcas mais baratas. Exemplos básicos explicam o fenômeno. Os preços do ovo de galinha tiveram alta de 15,39%, o café, 10,77%. Essas subidas de preço não só justificam a busca do consumidor por produtos mais em conta, mais do que isso, é um quadro que tem alterado a rotina de compra, de acordo com a Bain. Quando questionados sobre a frequência de compras no atacado e no online, a resposta foi que aumentaram a frequência em 32% no atacado e 39% no e-commerce. A consultoria quis entender o que tem levado o brasileiro a comprar mais na internet. A resposta: 61% disseram preços baixos, 54% descontos e 55% entrega gratuita.
Os demais itens que encareceram, e que aparecem na pesquisa, são: energia (47%), cuidados pessoais (45%), vestuário (42%), cuidados de saúde (39%), transporte (38%), restaurantes (37%), delivery (32%) e salão de beleza (26%). Esses aumentos, além de alterar o comportamento de compra, mudam hábitos: 40% disseram que estão reduzindo o uso de energia, 27% dividindo as compras em diferentes lojas e 25% andando mais a pé – a economia, qualquer que seja, está na ordem do dia.
Há diferenças lógicas no comportamento de consumo entre distintas faixas de renda. Enquanto aqueles com maiores rendimentos buscam cortar despesas em restaurantes e delivery, consumidores com menos recursos reduzem a compra de alimentos e roupas.
A Bain também mede o humor das pessoas nesta pesquisa com a pergunta: “Como você classificaria seu humor médio nos últimos três meses?”. E traz números do ano passado, deste ano e uma previsão para 2030. A ideia é ter uma base sobre felicidade e ansiedade dentro de um parâmetro de consumo. Enquanto a baixa renda aspira casa, trabalho e dinheiro, a alta renda busca viajar e estar mais em família, por exemplo. A análise dos entrevistados em 2024 indicava humor 0% na média Brasil (-9% na baixa renda e 23% na alta renda). Em 2025 isso se alterou para -3% na média nacional (-15% na baixa renda e 25% na alta renda). Para o ano de 2030, o humor dos entrevistados muda completamente. Há um otimismo. A média nacional é de 46% (56% na baixa renda e 50% na alta renda).
“Os dados levantados pela pesquisa mostram que, apesar do pessimismo em relação ao presente, há otimismo para o futuro”, disse Ricardo De Carli, sócio e líder da Prática de Bens de Consumo da Bain na América do Sul. Ele ainda afirmou que as empresas que ficarem atentas às tendências apresentadas na pesquisa e nas diferenças geracionais que se desenham no panorama de consumo têm a chance de melhor se adaptarem ao mercado nos próximos anos.
A pesquisa também identificou comportamentos diferentes entre os consumidores, de acordo com renda e geração:
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Juliana Colombo é jornalista especializada em economia e negócios. Já trabalhou nas principais redações do país, como Valor Econômico, Forbes, Folha de S. Paulo e Rede Globo.
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