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Do Banco Master ao Banco Nacional: quebras bancárias que ameaçaram a estabilidade financeira do Brasil
Publicado 28/12/2025 • 09:00 | Atualizado há 2 horas
Publicado 28/12/2025 • 09:00 | Atualizado há 2 horas
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O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), marcou para o dia 30 de dezembro uma acareação que apura suspeitas de fraude na tentativa de venda do Banco Master ao Banco de Brasília (BRB).
O inquérito busca esclarecer suspeitas de irregularidades em uma operação que envolveria cerca de R$ 12,2 bilhões e que acabou não sendo concluída. Durante a análise da transação, o Banco Central apontou indícios de problemas relacionados à integridade da negociação entre o Banco Master e o BRB.
A medida reforça que a quebra de um banco vai além de um ajuste contábil, com impacto potencial sobre a confiança do mercado, a percepção de risco dos investidores e a estabilidade do sistema financeiro, especialmente entre instituições de menor porte.
O caso do Banco Master se soma a uma série de falências bancárias no Brasil que moldaram a atuação do Banco Central, aceleraram mudanças regulatórias e motivaram a criação de instrumentos de proteção como o Fundo Garantidor de Créditos (FGC).
Leia também: Volta do Banco Master? Por que TCU questiona liquidação da instituição
Fundado em 1834, o Banco Econômico, o mais antigo banco privado do país, entrou em colapso após o Plano Real. Investigações apontaram patrimônio fictício e um rombo de R$ 15,8 bilhões. Tentativas de resgate por grandes grupos empresariais fracassaram, e a instituição acabou liquidada.
Com origem no Paraná e expansão continental, o Bamerindus figurou entre os maiores bancos da América do Sul nas décadas de 1970 e 1980. A estabilização econômica pós-Plano Real expôs fragilidades estruturais. Em 1997, o Banco Central interveio, parte dos ativos foi absorvida pelo HSBC e o prejuízo ultrapassou R$ 5 bilhões. O FGC desembolsou cerca de R$ 3,7 bilhões para garantir depósitos, valor que equivaleria hoje a quase R$ 20 bilhões.
Controlado por Edemar Cid Ferreira, o Banco Santos sofreu intervenção em 2004 após a constatação de patrimônio líquido negativo, manipulação de balanços e descumprimento de regras prudenciais. A falência foi decretada no início de 2005.
Leia também: Caso Banco Master: entenda por que a acareação determinada por Toffoli gera incômodo em PGR e Banco Central
O Banco Cruzeiro do Sul foi liquidado após a descoberta de manipulações contábeis e irregularidades regulatórias, com um rombo superior a R$ 2,2 bilhões.
Voltado ao crédito corporativo, o BVA entrou em colapso após falhas graves de gestão de risco. O FGC pagou cerca de R$ 1,2 bilhão a aproximadamente 5 mil investidores, sobretudo detentores de CDBs e LCIs. O episódio gerou disputas judiciais em torno do teto de garantia, ampliado pouco depois da intervenção.
Leia também: R$ 41 bilhões parados: clientes do Banco Master só devem receber do FGC em 2026
A quebra do Banco Nacional permanece como o episódio mais marcante da história bancária recente do país. Fundado nos anos 1940, o banco chegou a figurar entre os maiores bancos privados do Brasil, patrocinou Ayrton Senna e tinha forte presença no futebol brasileiro.
Em 1995, porém, a instituição entrou em colapso após a descoberta de 652 contas fictícias e de um rombo estimado em R$ 8 bilhões, escancarando a profundidade das fraudes contábeis que podem ocorrer mesmo em grandes instituições.
O impacto foi econômico, regulatório e simbólico. O caso acelerou a criação do Proer (Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional), mecanismo de socorro bancário voltado à preservação da liquidez e da estabilidade sistêmica, e fortaleceu o FGC, criado naquele mesmo ano para proteger correntistas e investidores de varejo.
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