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Dr. Inovação: câncer de mama no Brasil: diagnóstico precoce reduz custos e salva vidas
Publicado 06/10/2025 • 18:34 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 06/10/2025 • 18:34 | Atualizado há 2 meses
KEY POINTS
O combate ao câncer de mama é, antes de tudo, uma luta pela vida — mas seus efeitos vão além da saúde individual. Segundo o médico e empresário Pedro Batista, essa mobilização também estimula investimentos em inovação, tecnologia e gestão no setor da saúde.
No quadro Dr. Inovação, da Times Brasil – Conteúdo Licenciado CNBC, Batista discutiu o tema sob uma perspectiva ampla, destacando a importância do diagnóstico precoce, os impactos sociais e econômicos da doença e as novas ferramentas tecnológicas que fortalecem o enfrentamento ao câncer de mama.
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O médico destacou que a inovação trouxe grandes avanços tanto nas terapias quanto no diagnóstico.
“Além da mamografia, que já é um exame muito conhecido, mulheres que já passaram por tratamento e precisam de acompanhamento hoje têm a possibilidade, por exemplo, de fazer uma biópsia líquida. É como um exame de sangue que consegue identificar células cancerígenas ainda presentes ou não no corpo”, explicou.
“A tecnologia está vindo para dar mais suporte e deixar tudo cada vez mais fácil. Mas nada muda o fato de que o primeiro passo é nosso, em direção ao cuidado”, completou.
“O combate ao câncer de mama também movimenta o setor da saúde e impulsiona investimentos em inovação e gestão. O diagnóstico precoce, além de salvar vidas, reduz custos em até 500%”, destacou Pedro Batista no início do programa.
Segundo ele, o diagnóstico antecipado é um fator estratégico para a sustentabilidade do sistema de saúde. O SUS, que pode gastar quase R$ 8 bilhões por ano com tratamentos oncológicos até 2040, já incorporou 67 novas tecnologias, sendo 16 delas voltadas ao câncer.
O avanço das terapias-alvo, imunoterapias e o uso de inteligência artificial têm atraído parcerias, fusões e investimentos privados, ampliando o mercado e reforçando a prevenção como ativo econômico e de saúde pública.
O médico reforçou que o câncer de mama, quando diagnosticado precocemente, traz alívio para a mulher e reduz drasticamente os custos do tratamento. “O câncer de mama é extremamente mais efetivo e barato se tratado inicialmente”, afirmou.

Batista explicou que o diagnóstico precoce se refere a lesões localizadas que ainda não atingiram tecidos ao redor nem linfonodos.
“Linfonodos são justamente os ductos que fazem a limpeza de células mortas do nosso corpo. Se temos uma lesão com um volume pequeno de células acumuladas em um local só e que pode ser retirada sem comprometimento de outros tecidos, isso é precoce”, esclareceu.
Ele também comentou sobre as classificações mais comuns nos laudos de mamografia: “Se você já ouviu falar em BIRADS 1, 2 ou 3, essas são fases iniciais e sem risco de avanço. Já BIRADS 4 exige mais atenção e pode demandar ultrassom de mama ou biópsia.”
Segundo o médico, tratar inicialmente significa agir dentro das novas diretrizes do Ministério da Saúde, que indicam a realização de mamografias a cada dois anos em mulheres entre 40 e 69 anos, especialmente aquelas com histórico familiar da doença.
Pedro Batista revelou que dados da Oros AI, base com 12 milhões de pacientes, mostram que 60% das mulheres entre 40 e 69 anos estão há mais de dois anos sem fazer mamografia.
“Na hora que a gente quer usar a tecnologia para poder ter mais atenção, ela já está aí na porta. A tecnologia está começando a informar os médicos sobre as pacientes que estão em gaps de rastreio, ou seja, sem análise nos últimos dois anos de uma mamografia que pode trazer precocidade de atenção”, explicou.
O médico destacou que a tecnologia também entrega à paciente as informações necessárias para cuidar melhor da própria saúde.

Batista respondeu que o problema vai além da falta de acesso. “A gente está falando de pessoas que têm plano de saúde. Mesmo dentro do serviço privado, encontramos diversos fatores: correria do dia a dia, dificuldade de agendar, ou até esquecimento, mesmo quando o médico já fez o pedido”, afirmou.
Ele fez um relato pessoal: “Vivendo esse drama com a minha mãe há pouco mais de dois anos, tratando um câncer de mama, entendi que, tratando corretamente, o baque emocional e principalmente financeiro é muito menor. Minha mãe diagnosticou precocemente, teve tratamento rápido e protocolos efetivos. Isso trouxe confiança e segurança para ela.”
Pedro Batista reforçou o recado às mulheres que estão há mais de dois anos sem exames preventivos. “Você, mulher, que hoje tem esse gap de atenção, está dentro desse grupo entre 40 e 69 anos, de acordo com o Ministério da Saúde — não perca tempo. A gente está falando de algo que pode mudar a sua vida.”
Pedro Batista reforçou que a prevenção é vantajosa também do ponto de vista econômico.
“Às vezes os planos e secretarias de saúde acham que fazer mamografia para todo mundo é caro, mas não é. Quando temos um ganho de 500% em relação ao custo de um tratamento grave para um inicial, significa que ainda sobra dinheiro. Se fizermos mamografia para todas as mulheres, o custo do tratamento precoce é menor do que o de casos avançados”, explicou. “Vale a pena — numericamente, economicamente e, principalmente, pela vida das mulheres”, acrescentou.
Para o médico, a tecnologia deve ser usada para identificar quem está em atraso com os exames e criar mecanismos de lembrete e rastreamento automatizado.
“A tecnologia está justamente para isso: identificar quem não fez o exame, oferecer informação e garantir trilhas mais seguras e efetivas para um tratamento padrão-ouro no cenário mundial da saúde”, afirmou.
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