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Alta de juros e desvalorização do real devem impactar empresas e bancos em 2025, aponta Moody’s
Publicado 06/02/2025 • 17:05 | Atualizado há 7 meses
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Publicado 06/02/2025 • 17:05 | Atualizado há 7 meses
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Imagem ilustrativa
Pexels
A política monetária mais restritiva adotada pelo Banco Central (BC) deve afetar o crescimento das empresas e dos bancos ao longo de 2025., segundo relatório da Moody’s.
Para a agência de rating, a combinação de juros elevados, inflação persistente e desvalorização do real pressionará o fluxo de caixa das companhias e limitará a expansão do crédito bancário, com reflexos diretos no consumo e no crescimento do PIB.
O Banco Central aumentou a taxa básica de juros, a Selic, para 13,25% em fevereiro de 2025, após sucessivos aumentos desde setembro de 2024.
A expectativa do mercado é de que a taxa possa alcançar 15% ainda este ano. Esse movimento reflete a tentativa de conter a inflação, que foi revisada para 4,6% em 2025, mas pode chegar a 5,5%, segundo a Moody’s.
O impacto desse cenário é sentido principalmente no setor bancário. O relatório aponta que o crédito, que cresceu 10,9% nos 12 meses até dezembro de 2024, deve desacelerar em 2025. O endividamento das famílias atingiu 48,2% da renda, acima da média pré-pandemia de 38,8%, aumentando o risco de inadimplência e restringindo a concessão de novos empréstimos.
Empresas altamente endividadas e com exposição ao câmbio estão entre as mais vulneráveis. Setores como imobiliário, telecomunicações e serviços públicos, que dependem de financiamentos locais, devem sentir mais os efeitos da alta dos juros.
Entre as empresas citadas pela Moody’s com maior risco estão:
Essas companhias têm grande parte de sua dívida denominada em dólar e são afetadas diretamente pela desvalorização do real.
Por outro lado, setores com receita em moeda estrangeira, como exportadores e infraestrutura, devem sentir menos os impactos da política monetária. Empresas como Raízen e Petrobras tendem a se beneficiar da valorização do dólar, reduzindo os riscos financeiros.
Outro fator de pressão sobre as empresas brasileiras é a forte desvalorização do real, que perdeu mais de 25% do seu valor em 2024, sendo uma das moedas emergentes mais afetadas. Para companhias com alta dependência de insumos importados ou com grande parte da dívida atrelada ao dólar, esse cenário torna o custo financeiro ainda mais alto.
No entanto, para exportadores e setores como infraestrutura, a desvalorização cambial tem impacto limitado, já que muitas dessas empresas possuem hedge cambial ou receitas dolarizadas.
A Moody’s prevê que o crescimento do PIB desacelere para em torno de 2% em 2025, abaixo da média de 3% dos últimos três anos. O consumo interno, que sustentou a economia brasileira nos últimos anos, também deve perder força diante do cenário de juros elevados, inflação persistente e câmbio desvalorizado.
A incerteza econômica e a expectativa de novas altas na taxa Selic podem levar os bancos a adotarem critérios mais rígidos para concessão de crédito, reduzindo ainda mais o apetite por risco no mercado financeiro.
Enquanto isso, empresas precisam se adaptar ao novo cenário, buscando estratégias para minimizar os impactos do aumento dos custos financeiros e da volatilidade do câmbio.
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