Carlos Clur, presidente da Eletrolar: “Pix Parcelado pode se destacar na venda de bens duráveis”
Publicado 09/06/2025 • 12:55 | Atualizado há 2 horas
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Publicado 09/06/2025 • 12:55 | Atualizado há 2 horas
KEY POINTS
Carlos Clur, presidente do Grupo Eletrolar – hub de comunicação e feiras entre indústria e varejo.
Divulgação
A produção industrial de eletrodomésticos acumula alta de 9,9% em 2025, de acordo com a Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada pelo IBGE. Para Carlos Clur, presidente do Grupo Eletrolar – hub de comunicação e feiras entre indústria e varejo –, esse resultado reflete o movimento da indústria em lançar produtos inovadores e tecnológicos para o mercado – e com isso também estimular as vendas no comércio.
“A indústria de bens duráveis está inovando e impulsiona as vendas no varejo. O próximo passo é olhar os juros”, disse Clur. Para sustentar o bom momento, apesar dos desafios macroeconômicos, ele diz que a chegada do Pix Parcelado pode ser um aliado nas compras de maior valor agregado. “Acredito que ele pode ajudar nas vendas das lojas.” Segundo o BC, a nova modalidade será lançada em setembro.
Para Clur, o interesse dos consumidores em realizar a compra de novos eletroeletrônicos e eletrodomésticos está muito atrelada tanto ao desejo de versões mais tecnológicas quanto ao status ou design do produto. Esse movimento tem ajudado a sustentar o bom desempenho industrial.
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Em 2024, a indústria brasileira vendeu ao varejo 117,7 milhões de aparelhos eletroeletrônicos, alta de 29% sobre um ano antes, e o melhor desempenho da década, conforme a Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros).
Até 2027, a associação estima R$ 5 bilhões em investimento para novos negócios e ampliação de indústrias já existentes. As projeções da Eletros para 2025 indicam crescimento entre 8% e 10% no cenário mais otimista. Em uma visão mais conservadora, a estimativa é de um avanço médio de 5%.
Para atingir esse objetivo, no entanto, ainda é preciso olhar a macroeconomia brasileira. Com a taxa básica de juros em 14,75% e o aumento do endividamento dos brasileiros, que cresceu 4,59% em abril, sobre um ano antes, e atinge 70,29% da população, segundo a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), o momento inspira atenção.
De acordo com José César da Costa, presidente da confederação, o aumento do indicador evidencia a dificuldade do brasileiro em equilibrar as contas e que, mesmo a melhora da renda e o desemprego mantido em um dígito (7% no primeiro trimestre), não foram capazes de conter o aumento das dívidas. A própria PIM de abril revela reflexos do momento atual. Na análise do quarto mês do ano, sobre o mesmo período de 2024, houve queda de 1,9% nas vendas de eletrodomésticos, interrompendo sequência de 14 altas.
FEIRA – Para oferecer aos varejistas opções que se encaixem na demanda (e no bolso) dos consumidores, vai acontecer entre 23 e 28 de junho a 18ª edição da Eletrolar Show – que engloba a Eletrocar Show, Interior Lifestyle South America, Latin American Eletronics e a Lighting Show.
O evento ocorre no Distrito Anhembi, em São Paulo, e terá 1,5 mil expositores, 5 mil marcas e 12 mil produtos, distribuídos em mais de 60 mil metros quadrados. A organização espera 40 mil visitantes, com geração de negócios acima de R$ 2 bilhões. Serão mais de 300 varejistas que concentram quase 40 mil pontos de vendas espalhados pelo país.
De acordo com Carlos Clur, a Eletrolar Show é tradicionalmente uma vitrine de bens duráveis para o mercado B2B. O objetivo da feira é que o empresário do varejo tenha contato com as marcas, e que o relacionamento com os fabricantes seja otimizado. No entanto, a edição deste ano também terá atenção especial ao consumidor final. “Um dos focos será o negócio B2C. Também teremos influenciadores de segmento para divulgar as novidades”, afirmou.
A feira abrange diversos segmentos, incluindo eletroeletrônicos, eletrodomésticos, games, mobilidade, iluminação, móveis, decoração e veículos elétricos. Uma das áreas é reservada para componentes e materiais industriais. O presidente da Eletrolar destaca que o setor é considerado um dos principais propulsores da economia.
Os números acompanham o otimismo: a PIM de abril mostra que o setor de Bens Duráveis (que engloba também automóveis, por exemplo) acumula alta de 8,8% para o primeiro quadrimestre de 2025, enquanto o setor como um todo avançou 1,4%. Ainda assim, segundo o gerente do PIM, do IBGE, André Macedo, a produção industrial total está 3% acima do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020).
Quando o assunto são componentes tecnológicos para sustentar a produção industrial brasileira, a China precisa ser enquadrada na equação. Por isso o principal parceiro comercial do Brasil é presença certa no evento. “Temos algumas companhias chinesas na feira que oferecem componentes para produção em parceria com empresas brasileiras.”
Clur diz que as negociações do varejo, especialmente neste momento do ano, determinam o que será exposto ao consumidor no segundo semestre. E o conhecimento tanto sobre os produtos quanto sobre os fornecedores pode ser decisivo na escolha do varejista na hora de formalizar as compras que abastecerão as vendas em eventos como Black Friday e Natal.
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