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EXCLUSIVO: Gustavo Loyola vê espaço limitado para corte de juros antes de 2026 e alerta para perda de credibilidade fiscal

Publicado 23/10/2025 • 22:53 | Atualizado há 4 horas

KEY POINTS

  • Gustavo Loyola avalia que não há espaço para reduzir juros no curto prazo e que o Banco Central deve iniciar cortes apenas entre o fim do 1º e o início do 2º trimestre de 2026, levando a Selic de 15% para cerca de 12,5%.
  • O economista alerta que a meta fiscal perdeu credibilidade e que mudanças de meta sem corte de gastos agravariam a desconfiança. Ele defende ajustes estruturais e transparência nas contas públicas.
  • Loyola considerou correta a intervenção recente no câmbio e afirmou que, após 2026, será necessário retomar reformas administrativas e previdenciárias para conter despesas e manter a confiança do mercado.

O economista e ex-presidente do Banco Central, Gustavo Loyola, avaliou que não há espaço para uma redução imediata da taxa Selic e que o corte dos juros deve ocorrer apenas a partir do final do primeiro trimestre ou início do segundo trimestre de 2026. A análise foi feita em entrevista ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC.

Segundo Loyola, a inflação tem mostrado sinais de melhora, mas ainda se mantém próxima da meta. “As notícias são boas no front da inflação, mas ela ainda se encontra acima da meta”, disse. Ele afirmou que o Banco Central deverá realizar uma queda modesta da Selic, dos atuais 15% para cerca de 12,5%, interrompendo o ciclo para observar o comportamento dos preços.

Política fiscal e credibilidade

Ao comentar a situação das contas públicas, Loyola avaliou que há um pessimismo justificado em relação à política fiscal do governo. Na análise dele, a ampliação de gastos e as desonerações tributárias sem compensação ampliam o déficit e enfraquecem a confiança do mercado.

“O governo não tem conseguido recompor as reduções de impostos com aumento de outras receitas”, afirmou. Para o economista, a meta fiscal perdeu credibilidade ao longo dos últimos meses. “Meta é meta. O déficit real é outra coisa”, disse, ao lembrar que o governo iniciou o mandato elevando o déficit público.

Loyola considera que qualquer medida de ajuste é positiva, mas ressalta que as mudanças recentes não alteram o quadro de desconfiança.

Mudança de meta e riscos de instabilidade

Questionado sobre a possibilidade de o governo revisar a meta fiscal de 2026, o ex-presidente do BC defendeu transparência. “Não adianta mudar a meta para dar mais folga se a realidade fiscal continua negativa”, afirmou. Segundo ele, alterar a meta apenas reforçaria a percepção de afrouxamento.

“O ideal seria o governo trabalhar mais na questão de corte de gasto. É difícil fazer isso às vésperas de uma eleição, mas mudar a meta dá um sinal ainda pior para os agentes econômicos”, analisou.

Intervenção no câmbio e estabilidade do mercado

Loyola também comentou a decisão recente do Banco Central de realizar um leilão de dólar à vista combinado com swap reverso, operação de cerca de US$ 1 bilhão. Ele classificou a medida como uma ação preventiva para reduzir a volatilidade no câmbio. “O Banco Central deve ter visto algum movimento previsto no mercado e se antecipou para dar mais liquidez”, explicou.

Reformas e prioridades pós-2026

O economista afirmou que a partir de 2027 será necessário retomar uma agenda de reformas estruturais para conter o crescimento das despesas públicas. Ele citou a reforma administrativa e uma nova rodada de ajustes previdenciários como medidas essenciais.

“O governo precisa evitar reajustes de benefícios acima da inflação e buscar maior flexibilidade na alocação do orçamento”, disse. Para Loyola, o mais importante é manter uma trajetória crível de redução do déficit, mesmo que o ajuste seja gradual. “O que importa para o mercado é a sinalização com credibilidade”, pontuou.

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