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CNI corta previsão da indústria e projeta perda de US$ 5,4 bilhões nas exportações com tarifaço dos EUA
Publicado 18/08/2025 • 00:00 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 18/08/2025 • 00:00 | Atualizado há 2 meses
KEY POINTS
Indústria da construção.
Pixabay.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) cortou a projeção de crescimento da indústria em 2025, diante do aumento das tarifas sobre produtos brasileiros nos Estados Unidos, do cenário externo instável e dos juros altos. Segundo o Informe Conjuntural do 2º trimestre, divulgado nesta terça-feira (19), o PIB do setor deve subir 1,7%, contra 2% estimados anteriormente.
A agropecuária, por outro lado, deve registrar expansão de 7,9%, ante projeção anterior de 5,5%. O crescimento do setor, aliado a um mercado de trabalho aquecido, deve sustentar o crescimento geral do PIB em 2,3%, mesmo com o impacto das tarifas norte-americanas sobre exportações brasileiras.
O diretor de Economia da CNI, Mário Sérgio Telles, destacou que a composição do crescimento econômico será menos positiva do que em 2024.
“Os setores mais próximos do ciclo econômico, como indústria e serviços, têm apresentado dinamismo cada vez menor. A safra agrícola maior do que o esperado e o mercado de trabalho aquecido sustentam o PIB, mas a composição do crescimento não é tão positiva”, disse, em nota.
Entre janeiro e julho, o volume de exportações brasileiras cresceu 2%, mas os preços caíram 2%, resultando em receita de US$ 198 bilhões, praticamente estável em relação a US$ 197,8 bilhões no mesmo período de 2024.
A imposição de tarifa de 50% sobre parte das exportações brasileiras para os Estados Unidos deve reduzir o fluxo de vendas da indústria de transformação. No período, o setor exportou US$ 19 bilhões para os EUA, 7% acima do mesmo recorte do ano passado, impulsionado pela antecipação de compras pelas empresas americanas.
A CNI reduziu de US$ 347,3 bilhões para US$ 341,9 bilhões a projeção para as exportações em 2025, uma queda de US$ 5,4 bilhões em relação ao Informe do 1º trimestre. “Grande parte da redução se deve ao aumento das tarifas dos EUA. Medidas compensatórias do governo são positivas, mas não substituem o mercado americano para muitas empresas”, explicou Telles.
As importações, que cresceram no 1º semestre, devem perder ritmo devido à desaceleração da atividade industrial, chegando a US$ 285,2 bilhões. A balança comercial deve registrar superávit de US$ 56,6 bilhões, 14% abaixo do ano anterior.
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O setor registrou resultados negativos no 1º semestre, depois de crescer 3,8% em 2024. A CNI projeta crescimento de 1,5% em 2025, abaixo da estimativa anterior de 1,9%, impactado por juros elevados, aumento das importações e redução provável das exportações.
Apesar disso, a construção deve continuar aquecida, com crescimento previsto de 2,2%, sustentada por projetos iniciados em 2024 e pelo programa Minha Casa, Minha Vida, cujo lançamento de imóveis cresceu 31,7% no 1º trimestre.
A indústria extrativa também apresenta perspectiva positiva, com alta de 2%, puxada pelo aumento da produção de petróleo. O setor de eletricidade, gás, água e resíduos deve crescer 2,5%.
A agropecuária lidera o crescimento econômico, com alta de 7,9%, beneficiada por condições climáticas favoráveis, safra recorde e produção animal robusta. O setor de serviços deve registrar crescimento modesto de 1,8%, sustentado pelo mercado de trabalho aquecido e pelo aumento esperado da renda média dos trabalhadores.
A criação de empregos e a massa de rendimento superaram expectativas nos primeiros meses do ano. O número de pessoas ocupadas deve crescer 1,5% em 2025, e a massa de rendimento real, 5,5%. A taxa de desocupação média deve atingir 6%, o menor nível da história pelo segundo ano consecutivo.
O IPCA acumulado até julho registrou alta de 5,2% em 12 meses, acima da meta de 3%, mas deve ceder para 5% ao final do ano. O Banco Central deve manter a Selic em 15% ao ano até o fim de 2025, limitando o crescimento real das concessões de crédito a 5,8%, abaixo dos 10,6% de 2024.
As despesas primárias devem crescer 3,3% em 2025, acima da receita líquida, que sobe 2,2%, beneficiada por aumento do IOF e antecipação de leilões do pré-sal. O déficit primário deve encerrar o ano em R$ 22,9 bilhões (0,2% do PIB), dentro do limite inferior da meta de R$ 31 bilhões (0,25% do PIB). A dívida bruta deve passar de 76,5% para 79% do PIB.
Para a CNI, sem controle mais rígido das despesas obrigatórias, a trajetória de crescimento da dívida pública não será revertida.
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