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Indústria brasileira cria 910 mil vagas entre 2019 e 2023, mas ainda opera abaixo de 2014

Publicado 25/06/2025 • 14:21 | Atualizado há 2 meses

Redação Times Brasil, com agências

KEY POINTS

  • A indústria brasileira criou 910,9 mil vagas de emprego no acumulado de 2019 a 2023. Esse dado representa um crescimento de 12% no número de postos de trabalho e fez o setor alcançar o total de 8,5 milhões de pessoas ocupadas em 376,7 mil empresas.
  • A constatação faz parte da Pesquisa Industrial Anual, divulgada nesta quarta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
  • De acordo com a pesquisa do IBGE, na passagem de 2022 para 2023, a indústria criou 241,8 mil vagas. O número de ocupados subiu a 8,526 milhões de pessoas, sendo 239,9 mil delas nas indústrias extrativas e outras 8,3 milhões nas indústrias de transformação.
Indústria.

Indústria.

Reprodução Unsplash.

A indústria brasileira criou 910,9 mil vagas de emprego no acumulado de 2019 a 2023. Esse dado representa um crescimento de 12% no número de postos de trabalho e fez o setor alcançar o total de 8,5 milhões de pessoas ocupadas em 376,7 mil empresas.

A constatação faz parte da Pesquisa Industrial Anual, divulgada nesta quarta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As informações consolidadas de 2023 foram informadas pelas empresas em 2024, permitindo que o estudo fosse concluído apenas em 2025.

Os novos dados apontam quatro anos seguidos de crescimento no número de trabalhadores, com o maior contingente de empregados desde 2015, quando a indústria ocupava 8,1 milhões de pessoas. No entanto, o nível de emprego em 2023 ainda era 3,1% inferior ao de 2014, o equivalente a 272,8 mil pessoas a menos em dez anos.

Melhora no emprego

De acordo com a pesquisa do IBGE, na passagem de 2022 para 2023, a indústria criou 241,8 mil vagas. O número de ocupados subiu a 8,526 milhões de pessoas, sendo 239,9 mil delas nas indústrias extrativas e outras 8,3 milhões nas indústrias de transformação.

Só no ano de 2023, os trabalhadores industriais receberam R$ 446,0 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações. O salário médio pago na indústria foi de 3,1 salários mínimos.

Alimentos lideram geração de empregos

A fabricação de produtos alimentícios se destacou duplamente: foi o ramo que mais contratou e também o que apresentou o maior crescimento no número de trabalhadores. Entre 2019 e 2023, o número de ocupados na indústria alimentícia aumentou em 373,8 mil, somando 2 milhões de trabalhadores.

Esse patamar representa 23,6% da mão de obra da indústria brasileira — praticamente uma em cada quatro pessoas empregadas no setor.

Segundo o analista do IBGE, Marcelo Miranda, embora o instituto não investigue os motivos por trás das variações, fatores internos e externos ajudam a explicar o bom desempenho do segmento. “O setor de alimentos é de grande força. O quarto maior produto é a carne bovina”, diz ele, citando uma possível “melhora na expectativa de consumo, na demanda mundial pelos produtos brasileiros e na demanda interna”.

Entre as 29 atividades econômicas analisadas pelo IBGE, apenas duas apresentaram queda no número de empregados entre 2019 e 2023:

  • Fabricação de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis: menos 106,2 mil postos;
  • Impressão e reprodução de gravações: menos 3 mil.

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Emprego e remuneração por setor

A média de trabalhadores por empresa industrial foi de 23 pessoas. Contudo, esse número varia bastante entre os setores. Na fabricação de coque, derivados de petróleo e biocombustíveis, a média foi de 436 empregados por empresa; já na extração de minerais metálicos, foram 262 postos por empresa.

A remuneração média mensal na indústria em 2023 foi de 3,1 salários mínimos — mesmo patamar de 2019 e 2022, mas abaixo dos 3,5 salários mínimos registrados em 2014. Em 2007, no início da série histórica, a média era de 3,7 salários mínimos. Os valores não são ajustados pela inflação e, por isso, são comparados com base no salário mínimo vigente em cada ano.

A indústria extrativa se destacou com as maiores médias salariais entre os ramos analisados.

Receita líquida de vendas da indústria

Os dez principais produtos industriais brasileiros concentraram 22,2% da receita líquida de vendas da indústria nacional em 2023, participação inferior à registrada em 2022, quando foi de 23,0%.

Os óleos brutos de petróleo, ou petróleo bruto mantiveram a liderança do ranking de receita em 2023, com participação de 5,3% do total nacional, somando R$ 263,0 bilhões. Os minérios de ferro somaram R$ 161,2 bilhões, com 3,3% de participação, seguidos por óleo diesel, com R$ 160,4 bilhões e 3,2% de participação.

Os demais produtos no ranking de 10 maiores receitas foram:

  • Carnes de bovinos frescas ou refrigeradas (R$ 114,2 bilhões e 2,3% de participação);
  • Gasolina automotiva (R$ 88,5 bilhões e 1,8%);
  • Adubos ou fertilizantes com nitrogênio, fósforo e potássio (NPK) (R$ 80,3 bilhões e 1,6%);
  • Tortas, bagaços e farelos da extração do óleo de soja (R$ 69,8 bilhões e 1,4%);
  • Automóveis, com motor a gasolina, álcool ou bicombustível, de cilindrada maior que 1.500 ou menor ou igual a 3.000 (R$ 54,8 bilhões e 1,1%);
  • Álcool etílico (etanol) não desnaturado para fins carburantes (R$ 54,0 bilhões e 1,1%);
  • Açúcar VHP (very high polarization) em bruto (R$ 51,4 bilhões e 1,0%).

As atividades com maior participação na receita líquida de vendas da indústria foram: produtos alimentícios (18,6%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (10,4%), produtos químicos (9,9%), veículos automotores, reboques e carrocerias (8,7%) e metalurgia (6,9%). As cinco atividades concentraram 54,5% da receita líquida de vendas do setor industrial.

Dados por estado

Segundo dados do IBGE até junho de 2025, a produção industrial brasileira acumula alta de 2,4% nos últimos 12 meses, com avanço em 12 dos 18 estados pesquisados. Os destaques positivos foram: Pará (+9%), Santa Catarina (+7,4%) e Paraná (+5,6%). Em contrapartida, Rio Grande do Norte (-6,6%) e Espírito Santo (-5,2%) tiveram os piores resultados.

Em maio, o governo federal anunciou R$ 10 bilhões em crédito para empresas da Região Nordeste. O valor está disponível para cooperativas e companhias — brasileiras ou estrangeiras — com projetos em andamento ou em fase de planejamento, desde que o investimento seja superior a R$ 10 milhões. Os interessados devem apresentar seus planos de negócio até 15 de setembro.

*Com informações da Agência Brasil e Estadão Conteúdo.


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