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Empresa de cosméticos de Virginia Fonseca é alvo de ação do MP de Goiás por práticas abusivas

Publicado 09/10/2025 • 23:07 | Atualizado há 1 hora

KEY POINTS

  • A empresa de cosméticos da influenciadora Virginia Fonseca, WePink, é alvo de Ação Civil Pública por práticas abusivas, incluindo atrasos de entrega, dificuldade de reembolso e produtos com defeito.
  • O Ministério Público exige entrega imediata dos produtos pagos, suspensão de lives promocionais até regularizar as entregas, canal de atendimento humano com resposta em 24h, devolução de valores em até 7 dias e multa diária de R$ 1 mil por descumprimento.
  • O MP pede R$ 5 milhões por dano moral coletivo e responsabilização solidária dos sócios, que participaram ativamente das vendas e mantiveram estratégias de “ofertas-relâmpago” mesmo cientes das falhas operacionais.

Reprodução/Instagram

Virginia Fonseca, empresária, dona da WePink

O Ministério Público de Goiás (MP-GO) ingressou com uma Ação Civil Pública com pedido de tutela de urgência contra a WePink, empresa de cosméticos da influenciadora Virginia Fonseca, por práticas abusivas contra consumidores.

Segundo o órgão, a marca acumula mais de 94 mil reclamações no site Reclame Aqui nos últimos 12 meses e 340 denúncias formais no Procon Goiás entre 2024 e 2025. O promotor Él­vio Vicente da Silva, autor da ação, acusa a empresa de seis irregularidades principais:

  • Falta de entrega de produtos: milhares de clientes pagaram por itens que nunca receberam, mesmo após meses de espera;
  • Descumprimento de prazos: atrasos generalizados, com casos superiores a sete meses;
  • Dificuldade de reembolso: resistência em devolver valores pagos;
  • Atendimento ineficiente: sistema automatizado que não resolve os problemas e obriga o consumidor a recorrer várias vezes;
  • Censura de críticas: exclusão de comentários negativos nas redes sociais;
  • Produtos com defeito: entrega de cosméticos deteriorados ou diferentes do anunciado.

De acordo com o Ministério Público, Thiago Stabile, um dos sócios da WePink, admitiu em live que a empresa vendeu produtos sem tê-los em estoque, o que pode configurar má-fé contratual e publicidade enganosa.

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“A gente tinha 200 mil faturamentos por mês. A gente saltou de 200 mil faturamentos por mês para 400 mil faturamentos por mês. De fato, tivemos um problema de abastecimento, porque a gente cresceu muito rápido. Algumas vezes, sim (demora), porque algumas matérias-primas acabam, porque a gente vende muito”, afirmou Stabile.

De acordo com o MP, a fala demonstra que a WePink manteve as vendas mesmo sabendo que não teria condições de cumprir os prazos prometidos, o que caracterizaria má-fé contratual e publicidade enganosa.

A ação pede que a Justiça determine a entrega imediata de todos os produtos já pagos, a suspensão das lives promocionais até a regularização das entregas, a criação de um canal de atendimento humano com resposta em até 24 horas, além de um mecanismo de cancelamento e reembolso em até sete dias. O MP solicita ainda uma multa diária de R$ 1 mil em caso de descumprimento.

O órgão também pede uma indenização por dano moral coletivo de R$ 5 milhões, a ser revertida ao Fundo Estadual de Defesa do Consumidor (FEDC), e defende que os sócios respondam solidariamente pelos danos causados, por terem participado ativamente das lives promocionais e mantido a estratégia de vendas mesmo cientes das falhas.

Por fim, o promotor Élvio Vicente da Silva criticou o uso de “ofertas-relâmpago”, afirmando que a prática estimula compras impulsivas e explora a vulnerabilidade psicológica dos consumidores.

O Estadão tentou contato com a assessoria de Virginia Fonseca e com a WePink, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. A influenciadora não se manifestou publicamente sobre o caso.

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