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Itaú acusa ex-diretor financeiro de fraude e pede ressarcimento de R$ 3,3 milhões

Publicado 31/01/2025 • 17:48

Redação Times Brasil, com agências

KEY POINTS

  • O Itaú entrou com uma ação contra seu ex-diretor financeiro Alexsandro Broedel e o professor Eliseu Martins, alegando conflito de interesse e pedindo ressarcimento de R$ 3,3 milhões.
  • O banco afirma que Broedel aprovou pagamentos a Martins sem informar que eram sócios e teria recebido repasses que somam R$ 4,8 milhões.
  • Broedel nega as acusações, classificando-as como infundadas, e questiona o fato de o banco levantar suspeitas apenas após sua saída para o Santander.
Itaú

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Divulgação

O Itaú entrou na quinta-feira (30) com uma ação de responsabilidade contra seu ex-diretor financeiro Alexsandro Broedel e o professor de contabilidade Eliseu Martins pedindo ressarcimento por suposto conflito de interesses e apropriação indevida de recursos.

O banco acusa o executivo de fraude e pede um ressarcimento de R$ 3,3 milhões.

Broedel afirmou que as acusações feitas pelo banco contra ele são infundadas, e que buscará a Justiça.

O Itaú afirma que Broedel recebeu cerca de 40% dos valores relativos a serviços de consultoria que Martins prestou ao banco. Os dois seriam sócios em uma empresa de consultoria, e Broedel foi o responsável por aprovar os pagamentos do banco a Martins, configurando conflito de interesse. O executivo não teria informado ao conglomerado sobre a sociedade.

Segundo o jornal Valor, o banco detectou pagamentos de Martins a Broedel que totalizaram R$ 4,8 milhões que seriam uma espécie de rebate.

Broedel deixou o Itaú em meados do ano passado para assumir uma posição no Grupo Santander, na Espanha.

Ele ainda não tomou posse devido aos procedimentos de transição, mas o Itaú rompeu o chamado “garden leave” (período de não competição) após detectar as supostas irregularidades.

Resposta do executivo

A assessoria de Broedel divulgou uma nota sobre o caso: “Causa profunda estranheza que o Itaú levante a suspeita sobre supostas condutas impróprias somente depois de Broedel ter apresentado a renúncia aos seus cargos no banco para assumir uma posição global em um dos seus principais concorrentes”.

O executivo não respondeu a outras informações incluídas na ação pelos advogados do banco. “Alexsandro Broedel sempre se conduziu de forma ética e transparente em todas as atividades ao longo dos seus 12 anos no banco – algo nunca contestado pelo Itaú, que tem uma rigorosa e abrangente estrutura de controle e compliance, própria de um grupo financeiro com seu porte e importância na economia brasileira.”

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