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Aumenta número de cavalos envenenados e justiça mantém suspensão total para a Nutratta
Publicado 23/07/2025 • 19:49 | Atualizado há 15 horas
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Publicado 23/07/2025 • 19:49 | Atualizado há 15 horas
KEY POINTS
Imagem de ração da Nutratta.
Divulgação Instagram/Nutratta.
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou, nesta quarta-feira (23), a revogação da decisão judicial que permitia parcialmente a retomada das atividades da Nutratta Nutrição Animal Ltda., fabricante de rações investigada pela morte de centenas de cavalos no país. Com a nova decisão, volta a valer a suspensão cautelar integral determinada pelo próprio Ministério.
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A empresa segue proibida de produzir ou comercializar qualquer tipo de ração até que comprove, de forma documental e técnica, a correção de todas as irregularidades apontadas pela fiscalização federal. Até o momento, 284 mortes de equinos foram oficialmente contabilizadas pelo Mapa, com evidências de ligação direta com o consumo dos produtos da Nutratta.
A primeira denúncia chegou ao Mapa em 26 de maio, por meio da plataforma Fala.BR. No dia 3 de julho, o Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC publicou reportagem exclusiva revelando que 222 equinos haviam morrido em propriedades localizadas nos estados de São Paulo, Alagoas, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Goiás. Naquela ocasião, já havia sido identificado o composto tóxico monocrotalina, proveniente de plantas do gênero Crotalaria, em amostras das rações analisadas.
No dia 13 de julho, nova apuração revelou o impacto da contaminação em haras de alta performance, como o Nova Alcateia, em Alagoas. Entre os cavalos mortos, estava Quantum, um dos animais mais promissores da raça Mangalarga Marchador, avaliado em cerca de R$ 20 milhões. Ao todo, o haras perdeu 65 cavalos, segundo o administrador Paulo Henrique Lôbo, que classificou o episódio como a perda de “material genético inimaginável da raça nacional”.
Outro haras afetado foi o Dia de Sol, na região metropolitana de São Paulo. De acordo com o criador Marcos Barbosa, 10 cavalos morreram e outros 11 adoeceram após ingerirem a ração da linha Foragge Horse. O prejuízo local ultrapassa os R$ 700 mil.
Com base nas apurações, o Ministério instaurou processo administrativo e determinou o recolhimento de todos os lotes suspeitos fabricados a partir de novembro de 2024. A Nutratta foi notificada, mas até agora não apresentou comprovação de que o recolhimento foi finalizado.
Embora a Justiça tenha inicialmente permitido a retomada da produção de rações não destinadas a equídeos, essa autorização foi revogada, e a suspensão total das atividades foi restabelecida.
Segundo o Mapa, as investigações identificaram falhas no controle de qualidade das matérias-primas, permitindo a presença de alcaloides pirrolizidínicos — substâncias tóxicas e proibidas — em rações comerciais. Esses compostos causam danos hepáticos severos e progressivos, o que dificulta a identificação imediata do problema, já que os sintomas podem surgir dias ou semanas após a exposição.
A Nutratta se manifestou no dia 19 de junho, afirmando que iniciou o recolhimento dos produtos e que colabora com as autoridades. Procurada pelo Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC na data, a empresa respondeu que “não tem atualizações no momento” e que está “reorganizando o processo de atendimento aos clientes e imprensa”.
O Ministério da Agricultura reforçou que a população deve continuar evitando qualquer produto da marca até novo posicionamento oficial e mantém as fiscalizações em andamento.
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