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Mercado reage à indicação de Jorge Messias ao STF, com rejeição superando apoio aponta pesquisa Quaest

Publicado 19/12/2025 • 14:15 | Atualizado há 2 horas

KEY POINTS

  • Pesquisa Quaest aponta que 45% dos brasileiros reprovam a indicação de Jorge Messias ao STF, embora o índice seja menor que os 60% de rejeição sofridos por Zanin em 2023.
  • A escolha de Lula gerou uma crise com o Senado, especialmente com Davi Alcolumbre, por ignorar o nome de Rodrigo Pacheco e a pressão de entidades por uma indicação feminina.
  • Para 54% dos entrevistados, o presidente não deveria ter o poder de indicar livremente ministros à Corte, refletindo um desejo por mudanças no sistema de nomeação em 2025.
Jorge Messias, ministro da AGU

Jorge Messias, ministro da AGU

Valter Campanato/Agência Brasil

Quase metade dos entrevistados (45%) desaprova a indicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, ao Supremo Tribunal Federal (STF), segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta sexta-feira (19). Outros 30% aprovam a escolha e 25% dizem não saber ou preferem não responder.

Para empresários e investidores, o dado reforça a leitura de ruído institucional em um momento em que previsibilidade jurídica e relação fluida entre Executivo e Legislativo são variáveis-chave para decisões de investimento. A indicação, definida no mês passado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, abriu uma crise política que extrapolou a disputa por votos no Senado e pressionou a relação do governo com a Casa, fator monitorado de perto pelo mercado.

Apesar da rejeição, a aprovação é superior à registrada na indicação de Cristiano Zanin ao STF. Em abril de 2023, quando o nome do então advogado pessoal de Lula era ventilado, 60% rejeitavam a escolha, 23% aprovavam e 17% não sabiam ou não responderam.

Ainda assim, a pesquisa mostra baixo grau de conhecimento sobre o tema: apenas 35% afirmaram estar cientes da indicação de Messias, o que sugere que a controvérsia permanece concentrada nos círculos políticos e institucionais, mas com potencial de ganhar tração conforme avança no Senado.

Entre os entrevistados que não se identificam com esquerda ou direita, 44% desaprovam a indicação, enquanto 22% aprovam. No campo da direita, a rejeição é majoritária e homogênea: 73% dos bolsonaristas e 74% dos não bolsonaristas rejeitam o nome de Messias.

Na esquerda, o cenário é mais fragmentado. Entre lulistas, 61% aprovam a indicação; entre entrevistados de esquerda não alinhados a Lula, 47% aprovam e 28% desaprovam.

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Poder de indicação ao STF

A pesquisa também captou a percepção sobre o poder presidencial de indicar ministros ao STF, tema sensível para agentes econômicos atentos a checks and balances. Para 54%, o presidente não deveria ter liberdade plena para escolher nomes para a Corte – percentual menor que os 59% registrados em junho de 2023. Já 41% defendem que o presidente possa indicar quem quiser, alta frente aos 34% do levantamento anterior.

Na direita, a rejeição ao poder amplo de indicação é dominante (77% a 79%). Na esquerda, há divisão: 77% dos lulistas defendem a prerrogativa presidencial, índice que cai para 60% entre os não alinhados a Lula.

Senado e governabilidade

Nos bastidores, a resistência à indicação não se limita à oposição e alcança partidos de centro, elevando o custo político da aprovação. O desconforto do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), após Lula não indicar Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para a vaga, adiciona um componente de governabilidade ao processo — variável observada pelo mercado por seus efeitos sobre a agenda econômica no Congresso.

Entidades da sociedade civil também pressionam o Planalto para que a vaga seja ocupada por uma mulher, argumento que ganhou força diante da composição atual do STF, que conta com apenas uma ministra, Cármen Lúcia, com aposentadoria prevista para 2029.

A pesquisa ouviu eleitores presencialmente entre 11 e 14 de dezembro, tem 95% de confiança e margem de erro de dois pontos percentuais.

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