Nova tarifa dos EUA ameaça US$ 1,5 bi do aço brasileiro, mas PIB sente pouco
Publicado 13/03/2025 • 18:39 | Atualizado há 11 horas
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Publicado 13/03/2025 • 18:39 | Atualizado há 11 horas
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Foto: Flickr Instituto Aço Brasil
A nova tarifa de 25% sobre importações de aço e alumínio, imposta pelos Estados Unidos, pode gerar perdas significativas para o setor de metais ferrosos no Brasil. No entanto, o impacto na economia nacional será pequeno, de acordo com um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado nesta quarta-feira (12).
O estudo estima que as exportações brasileiras de aço para os EUA poderão ser reduzidas em 11,27%, o que resultaria em uma perda de até US$ 1,5 bilhão. A produção do setor também pode sofrer uma queda de 2,19%, o que representa uma redução de quase 700 mil toneladas em 2025.
Apesar da repercussão no setor, o impacto no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deve ser mínimo, com uma redução estimada de apenas 0,01%. As exportações totais do país também devem sofrer uma leve queda de 0,03%. No entanto, a balança comercial brasileira pode registrar um ganho de US$ 390 milhões, uma vez que a redução na atividade econômica deve levar a uma diminuição nas importações, que devem cair 0,26%.
“O mercado norte-americano é crucial para as exportações brasileiras de aço, representando mais da metade das vendas do produto para o exterior. Dada a importância desse mercado, é fundamental que o Brasil busque uma negociação com o governo dos EUA para mitigar os efeitos dessa medida sobre o setor”, afirmou Fernando Ribeiro, coordenador de Relações Econômicas Internacionais do Ipea e autor do estudo.
Em termos de impacto para os Estados Unidos, o estudo aponta que o PIB do país deve sofrer uma redução de apenas 0,02%. No entanto, o setor de metais ferrosos verá uma queda de 39,2% nas importações, enquanto a produção doméstica deve crescer 8,95%. Além disso, outros setores produtivos nos EUA, como máquinas e equipamentos, também enfrentarão queda na produção devido ao encarecimento do aço.
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