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Novo apagão expõe vulnerabilidade do sistema elétrico e põe Aneel e ONS sob pressão
Publicado 14/10/2025 • 16:58 | Atualizado há 4 horas
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Publicado 14/10/2025 • 16:58 | Atualizado há 4 horas
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Reprodução/X/@BDesliga
Imagem do apagão compartilhada por um usuário no X
Uma falha de grandes proporções no Sistema Interligado Nacional (SIN) deixou parte do país sem energia elétrica na madrugada desta terça-feira (14). A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou que o incidente ocorreu às 0h32, afetando consumidores em todas as regiões do Brasil, e cobrou explicações formais das empresas envolvidas.
Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a causa foi um incêndio em um reator da Subestação de Bateias, no Paraná, que provocou o desligamento completo da instalação de 500 kV e a desconexão entre as regiões Sul e Sudeste/Centro-Oeste — uma das contingências mais severas possíveis na rede.
A falha resultou em um apagão de cerca de 10 gigawatts (GW) de carga. Os estados mais afetados foram São Paulo (2,6 GW), Minas Gerais (1,2 GW), Rio de Janeiro (900 MW) e Paraná (900 MW).
O ONS informou que a recomposição das cargas começou poucos minutos após o incidente e que o fornecimento foi restabelecido em menos de uma hora na maior parte do país. No Sul, onde o problema se originou, a normalização total ocorreu por volta das 2h da manhã.
Apesar da agilidade, o evento reacende o debate sobre a robustez do sistema elétrico brasileiro — frequentemente classificado como um dos mais complexos e interconectados do mundo, mas que vem registrando ocorrências recorrentes de falhas nos últimos anos.
Especialistas apontam que o sistema tem se tornado mais sensível à sobrecarga e a falhas localizadas, especialmente diante do aumento da geração descentralizada e da necessidade de escoar energia por longas distâncias.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, reuniu-se com representantes do ONS logo após o restabelecimento para avaliar as causas do apagão. Em nota, o ministro afirmou que o sistema “respondeu corretamente, dentro dos protocolos previstos” e que o episódio foi provocado por uma “falha técnica pontual”, sem relação com escassez de energia.
“As melhorias adotadas desde 2023 mostraram resultado, e seguimos atuando de forma preventiva para fortalecer a confiabilidade do sistema”, declarou Silveira.
O discurso busca conter críticas, mas a própria Aneel reconhece que a falha exigirá investigação detalhada. Equipes de fiscalização foram enviadas ao local do incêndio para inspeção presencial e coleta de informações técnicas.
O ONS informou que vai elaborar um Relatório de Análise de Perturbação (RAP) em até 30 dias, documento que deverá detalhar as causas do incêndio, os efeitos da falha e possíveis falhas de comunicação entre os agentes.
A Aneel abrirá processos administrativos para apurar responsabilidades e avaliar se houve falhas de operação, manutenção ou resposta emergencial por parte das concessionárias envolvidas.
O Ministério de Minas e Energia (MME) acompanhará o processo e prometeu divulgar atualizações periódicas conforme o avanço das investigações.
Embora o governo ressalte a rapidez na recomposição, o episódio aumenta a pressão sobre o ONS e a Aneel em um momento de crescimento da demanda e expansão das fontes renováveis, que tornam o sistema mais complexo e sujeito a instabilidades.
Enquanto o relatório técnico não é concluído, a confiança do consumidor e da indústria volta a ser testada. O apagão desta terça-feira reforça a necessidade de um debate mais profundo sobre a resiliência do sistema elétrico brasileiro — e sobre quem responde quando o país apaga.
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