‘Nunca quisemos opor a agricultura francesa à brasileira’, diz Carrefour em nota de retratação
Publicado 26/11/2024 • 10:12 | Atualizado há 6 meses
Donald Trump proíbe entrada de cidadãos de 12 países nos Estados Unidos
Musk volta a atacar projeto de Donald Trump: ‘Eliminem a conta’
OpenAI alcança 3 milhões de assinantes corporativos e lança novos recursos para o ambiente de trabalho
Jim Cramer: chips da Nvidia podem dar vantagem aos EUA na guerra comercial com a China
IA, comércio e meias de R$ 120: por dentro do South by Southwest em Londres
Publicado 26/11/2024 • 10:12 | Atualizado há 6 meses
KEY POINTS
Entrada de um Carrefour na Argentina
Foto: Pablo Porciuncula/AFP
O Carrefour divulgou uma nota de retratação ao Brasil na manhã desta terça-feira (26), pedindo desculpas pelas “discordâncias” geradas após declarações do CEO global da empresa, Alexandre Bompard, que anunciou que as lojas francesas da rede deixariam de comprar carne da América do Sul.
A declaração, feita durante protestos de agricultores franceses contra o acordo de livre-comércio entre a União Europeia e o Mercosul, provocou forte reação no Brasil, levando frigoríficos brasileiros a boicotarem o grupo.
Em nota, o Carrefour diz que nunca quis opor a agricultura francesa à agricultura brasileira e “lamenta muito” que a comunicação tenha sido recebida como questionamento da parceria com a produção agropecuária brasileira – ou como uma crítica a ela.
O grupo ainda afirmou ter orgulho de ser “um grande parceiro histórico da agricultura brasileira” e que a agropecuária do Brasil fornece carne de alta qualidade e sabor. “Continuaremos a valorizar os setores agrícolas brasileiros, como fazemos há 50 anos.”
“A nossa declaração de apoio do Carrefour França aos produtores agrícolas franceses causou discordâncias no Brasil. E é nossa responsabilidade de esclarecê-la.
Nunca quisemos opor a agricultura francesa à agricultura brasileira. França e Brasil são dois países que compartilham o amor pela terra, pelo cultivo e pela alimentação de qualidade.
Na França, o Carrefour é o primeiro parceiro da agricultura francesa: compramos quase toda a carne que necessitamos para as nossas atividades na França, e assim seguiremos fazendo. A decisão do Carrefour França não teve como objetivo mudar as regras de um mercado amplamente estruturado em suas cadeias de abastecimento locais, que segue as preferências regionais de nossos clientes.
Com essa decisão, quisemos assegurar aos agricultores franceses, que estão atravessando uma grave crise, a perenidade do nosso apoio e das nossas compras locais.
Do outro lado do Atlântico, compramos dos produtores brasileiros quase toda a carne que necessitamos para as nossas atividades, e seguiremos fazendo assim. São os mesmos valores de criar raízes e parceria que inspiram há 50 anos nossa relação com o setor agropecuário brasileiro, cujo profissionalismo, cuidado à terra e produção conhecemos.
Lamentamos muito que nossa comunicação tenha sido recebida como questionamento de nossa parceria com a produção agropecuária brasileira ou como uma crítica a ela.
Temos orgulho de sermos um grande parceiro histórico da agricultura brasileira. Sabemos que a agropecuária brasileira fornece carne de alta qualidade e sabor. Continuaremos a valorizar os setores agrícolas brasileiros, como fazemos há 50 anos.
Por meio do nosso crescimento, contribuímos também para o desenvolvimento dos produtores agrícolas brasileiros, em uma lógica que sempre foi de parceria construtiva. Assim seguiremos prestigiando a produção e os atores locais e fomentando a economia do Brasil.
O Carrefour está empenhado em trabalhar, na França e no Brasil, em prol de uma agricultura próspera, seguindo nosso propósito pela transição alimentar para todos.“
Mais lidas
Brasil espera declarar fim de surto de gripe aviária em aves comerciais em 18 de junho, diz Fávaro, da Agricultura
Donald Trump proíbe entrada de cidadãos de 12 países nos Estados Unidos
Ministério interrompe produção no Ceará da 2ª maior fabricante de Coca-Cola do Brasil
Revisão de isenções tributárias é vista como principal alternativa para alta do IOF
SBT corta investimento em plataforma de streaming e acaba com mais dois canais