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VISÃO EMPREENDEDORA Brasil

O futuro das companhias será uma interseção entre resultado e propósito

Publicado sáb, 22 fev 2025 • 11:43 AM GMT-0300 | Atualizado há 7 horas

Foto de Camila Farani

Camila Farani

Camila Farani é uma investidora, empreendedora e referência no ecossistema de inovação e startups no Brasil. Reconhecida como uma das principais "sharks" do programa Shark Tank Brasil, ela construiu sua trajetória no mundo dos negócios a partir do varejo, tornando-se especialista em investimentos-anjo e mentorando empresas com alto potencial de crescimento. Fundadora da G2 Capital e com mais de 20 prêmios na America Latina, Camila também é uma palestrante requisitada e voz influente em temas como empreendedorismo, inovação e liderança feminina. Seu trabalho tem impacto direto no desenvolvimento de novos negócios, ajudando empreendedores a escalarem suas startups e acessarem capital de maneira estratégica.

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Durante muito tempo, lucro e impacto social foram vistos como opostos. De um lado, empresas focadas apenas no retorno financeiro. Do outro, organizações tentando mudar o mundo sem um modelo sustentável de negócios. Esse tempo acabou, e o empreendedorismo social pode provar isso.

Sim, um negócio pode gerar receita, crescer e, ao mesmo tempo, solucionar problemas reais da sociedade. E os números não mentem. De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), nos últimos 20 anos, empreendedores sociais impactaram 622 milhões de pessoas em 190 países, transformando comunidades e criando oportunidades onde antes só havia desafios.

O que está acontecendo? Uma mudança indiscutível na forma como vemos (e fazemos) negócios. O mercado está deixando para trás a lógica do “extrair, produzir e descartar” e adotando modelos regenerativos e sustentáveis, que não apenas reduzem impactos negativos, mas geram valor para todos os envolvidos – do investidor ao consumidor final.

O impacto se torna tendência

Recentemente, fiz uma pesquisa com minha audiência no LinkedIn para entender o que realmente está impulsionando o empreendedorismo social. As respostas foram reveladoras: o consumidor consciente lidera essa transformação, seguido pela escalabilidade das soluções e pela regulamentação governamental. Mas o dado que mais chamou minha atenção? O capital com propósito ficou em último lugar.

Na pesquisa, 36% das pessoas acreditam que o empreendedorismo social está sendo impulsionado pelo consumidor consciente, o que diz muito sobre o futuro dos negócios. O mercado não é mais guiado apenas por grandes corporações ou investidores de alto risco. Quem está no controle agora é o cliente – e ele quer mais do que um bom produto. Ele quer transparência, impacto e responsabilidade. Empresas que ainda acreditam que ESG e impacto social são apenas tendências passageiras podem estar fadadas a perder espaço.

Outro ponto relevante da enquete: 26% apontam que soluções escaláveis são o motor do empreendedorismo social. Isso significa que não basta ter um propósito bonito na missão da empresa – é preciso estruturar um modelo de negócios que funcione em larga escala, gere receita e crie impacto real. Empreendedorismo social não se trata apenas de boas intenções, mas de eficiência e estratégia.

Curiosamente, o capital com propósito aparece com apenas 16%, mostrando que ainda há um caminho para que os investidores enxerguem o real valor desse movimento. E aqui está a grande questão: dinheiro já não é mais um limitador para negócios de impacto. O que falta é uma mudança de mentalidade, ou seja, entender que empreender com propósito é o melhor investimento de longo prazo que alguém pode fazer.

Lições aprendidas

O empreendedorismo social não é uma tendência, mas uma transformação estrutural. Quem ainda vê esse modelo como algo periférico ou secundário pode estar ignorando a maior oportunidade de negócios da atualidade.

O futuro da economia está na interseção entre propósito e resultado. Quem entender isso primeiro estará à frente da maior revolução de negócios do século.

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