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Para evitar tarifas secundárias, OTAN aconselha Brasil a ligar para Putin e pressionar por paz na Ucrânia
Publicado 15/07/2025 • 18:56 | Atualizado há 13 horas
Publicado 15/07/2025 • 18:56 | Atualizado há 13 horas
KEY POINTS
Novo secretário-geral da OTAN, Mark Rutte
O secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, afirmou, durante uma coletiva em Washington nesta terça-feira (15), que o Brasil poderá enfrentar sanções comerciais severas caso o presidente da Rússia, Vladimir Putin, não dê sinais concretos de que aceitará negociar um acordo de paz na Ucrânia.
A advertência ocorre um dia após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar que dará 50 dias para a Rússia apresentar disposição ao diálogo – sob pena de retaliações indiretas a países que mantêm relações comerciais com Moscou.
“Se você vive agora em Brasília, em Pequim ou em Nova Délhi, talvez queira fazer uma ligação para Vladimir Putin. Isso pode atingir vocês com força”, declarou Rutte, referindo-se a Brasil, China e Índia.
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A declaração foi dada ao lado dos senadores americanos Thom Tillis e Jeanne Shaheen, que integram o grupo de monitoramento da OTAN no Senado dos EUA.
O alerta da OTAN amplia a tensão entre o governo brasileiro e os Estados Unidos. Desde o início de julho, o Brasil já lida com a imposição de tarifas de 50% sobre todos os seus produtos exportados para o mercado americano, como parte de uma retaliação do presidente Trump ao que chamou de “ataques à liberdade de expressão” e “perseguição a Jair Bolsonaro”.
Essas tarifas já provocaram reações no setor agroindustrial e na indústria aeronáutica brasileira, afetando diretamente empresas como Embraer, JBS e BRF. O governo Lula tenta, por meio do Comitê de Negociação e Contramedidas Econômicas, buscar uma saída diplomática para o impasse.
Com a nova sinalização da OTAN, o Brasil passa a correr o risco de enfrentar sanções secundárias adicionais, como tarifas de até 100% sobre produtos brasileiros que mantenham relação comercial com a Rússia. Segundo Rutte, a decisão de Trump mira não apenas Moscou, mas seus aliados econômicos, como forma de “máxima pressão” para viabilizar um cessar-fogo.
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