CNBC

CNBCConcorrente da Wikipedia movido por IA de Elon Musk entra no ar após lançamento turbulento

Notícias da política brasileira

Lewandowski rebate governador do Rio: deve ‘assumir responsabilidades’ ou pedir intervenção

Publicado 28/10/2025 • 17:34 | Atualizado há 57 minutos

KEY POINTS

  • O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, reagiu nesta terça-feira (28) às declarações do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), que atribuiu ao governo federal a falta de apoio na megaoperação policial que deixou 64 mortos nos complexos do Alemão e da Penha, a mais letal da história do Estado.
  • “Se ele sentir que não tem condições, ele tem que jogar a toalha e pedir GLO (Garantia da Lei e da Ordem) ou intervenção federal”, disse o ministro. “Ou ele faz isso, se não conseguir enfrentar, ou vai ser engolido pelo crime.”
  • Segundo Lewandowski, o governo federal não recebeu nenhum pedido formal de apoio para a operação desta terça.

Fátima Meira/Enquadrar/Estadão Conteúdo

Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça e Segurança Pública

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, reagiu nesta terça-feira (28) às declarações do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), que atribuiu ao governo federal a falta de apoio na megaoperação policial que deixou 64 mortos nos complexos do Alemão e da Penha, a mais letal da história do Estado.

Em entrevista, Lewandowski afirmou que a segurança pública é de responsabilidade exclusiva dos governos estaduais e que o governador precisa “assumir suas responsabilidades” ou reconhecer que não tem condições de conter a violência.

“Se ele sentir que não tem condições, ele tem que jogar a toalha e pedir GLO (Garantia da Lei e da Ordem) ou intervenção federal”, disse o ministro. “Ou ele faz isso, se não conseguir enfrentar, ou vai ser engolido pelo crime.”

Além das vidas perdidas, o cenário de guerra paralisa a economia da cidade. Ruas estão desertas em vários bairros, com lojas de portas fechadas e um clima de insegurança que se espalha até mesmo por regiões distantes do conflito. Comerciantes relatam que o medo impede o funcionamento normal das atividades, e a maioria ainda não calculou o tamanho do prejuízo.

Leia mais:
Alckmin convoca reunião com ministros para discutir crise de segurança no Rio
Megaoperação contra o Comando Vermelho é a mais letal da história do Rio

Egberto Ras/Enquadrar/Estadão Conteúdo
Policiais correm com homem preso durante megaoperação no Rio.

Segundo Lewandowski, o governo federal não recebeu nenhum pedido formal de apoio para a operação desta terça.

“Ele tenta jogar a culpa nos outros, mas nunca fez qualquer pedido nesse sentido. Para isso, o governo do Rio teria que declarar formalmente que suas forças locais não têm condições de enfrentar o crime”, afirmou.

O ministro ressaltou que medidas como intervenção federal ou GLO são “excepcionais e gravíssimas”, pois substituem a legalidade ordinária pela extraordinária. “O ideal seria que o Estado conseguisse controlar a crise com seus próprios meios”, disse.

“O combate ao crime se faz com inteligência”

Lewandowski criticou a escalada de confrontos e classificou a situação atual no Rio como “uma loucura”.

“Guerra civil e força bruta não acabam com o crime organizado. O combate ao crime se faz com planejamento, inteligência e integração”, declarou.

Como exemplo de atuação eficaz, ele citou a Operação Carbono Oculto, em São Paulo, que envolveu a Polícia Federal, a PM paulista, o Ministério Público Federal e a Receita Federal.

“Ninguém morreu e a organização criminosa foi debelada. É assim que se combate o crime organizado.”

PEC da Segurança e projetos federais

O ministro afirmou que o governo Lula já apresentou soluções estruturais para melhorar a coordenação entre as forças federais e estaduais.

“Nós propusemos uma PEC da Segurança Pública, que visa integrar as forças federais, estaduais e municipais. Também já enviamos ao Congresso o projeto que aumenta as penas de receptação e estamos finalizando o projeto de lei anti-facção, que está sendo analisado pela Casa Civil.”

Lewandowski acrescentou que o crime organizado é hoje uma patologia nacional e até global, e que seu enfrentamento exige ações integradas e permanentes.

Megaoperação e crise de segurança

A operação iniciada na madrugada desta terça envolveu cerca de 2,5 mil policiais civis e militares em ação conjunta contra o Comando Vermelho (CV). Segundo o governo do Estado, 31 fuzis foram apreendidos e 56 criminosos presos. O confronto causou barricadas, ataques com drones e bloqueios de vias, incluindo a Linha Amarela e a Avenida Brasil.

Ao longo do dia, 48 escolas tiveram aulas suspensas e moradores relataram medo e confinamento. Um dos policiais mortos foi identificado como Marcos Vinicius Cardoso Carvalho, da 53ª DP (Mesquita).

Castro voltou a cobrar apoio federal e afirmou que o Estado enfrenta “9 milhões de metros quadrados de desordem”.

“Esses criminosos dominaram essa região. Hoje, por exemplo, usaram drones lançando artefatos explosivos contra policiais e a população. Essa é a realidade do Estado de guerra que vivemos no Rio”, disse o governador.

Lewandowski, por sua vez, reforçou que o governo federal está à disposição para auxiliar o Estado, mas reiterou:

“O governo federal cumpriu seu papel. O que falta é coordenação e compromisso local. Se o governador entende que não tem condições, ele deve pedir formalmente ajuda — ou assumir as consequências.”

📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:


🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais

🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562

🔷 ONLINE: www.timesbrasil.com.br | YouTube

🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings

Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC no

MAIS EM Notícias da política brasileira

;