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“Querem me tirar do jogo político”, diz Bolsonaro sobre inquérito do 8 de Janeiro
Publicado 18/07/2025 • 13:24 | Atualizado há 4 horas
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Publicado 18/07/2025 • 13:24 | Atualizado há 4 horas
KEY POINTS
O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que não pretende deixar o Brasil e que o processo em que é investigado pelo envolvimento nos atos de 8 de janeiro de 2023 é, segundo ele, político. Em entrevista à Reuters, Bolsonaro defendeu que é alvo de perseguição e comparou sua situação à de líderes da oposição na Venezuela e na França.
“Eles querem é de vez me tirar do jogo político do ano que vem. Eu sou o único no Brasil, segundo pesquisas, que pode ganhar do Lula”, declarou o ex-presidente.
Durante a entrevista, Bolsonaro também comentou a proibição judicial de manter contato com seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro. Ele disse que a situação se assemelha a uma “comédia” e criticou o Ministério Público Federal por ter mudado de posição em relação ao pedido de passaporte do parlamentar. “Diziam que ele não tinha motivo para viajar, agora dizem que ele tem”, afirmou.
Bolsonaro relatou que Eduardo está com dois netos nos Estados Unidos e que atuava junto ao parlamento americano e à Casa Branca por uma “normalização do Brasil”. Questionado se havia uma estratégia traçada entre os dois, negou. “Não tem estratégia”, respondeu.
O ex-presidente voltou a criticar o Supremo Tribunal Federal e, em especial, o ministro Alexandre de Moraes. Disse que o STF interferiu em diversas decisões do governo enquanto era presidente, citando os casos do IOF e do IPI. “É um magistrado com superpoderes”, afirmou. E completou: “Quando um cão pastor sente o gosto de sangue da ovelha, tem que tirá-lo do rebanho. Esse é ele”.
Bolsonaro negou envolvimento com os atos de 8 de janeiro e defendeu a concessão de anistia aos condenados. Disse que o atual ministro da Defesa, José Múcio, afirmou que os eventos não configuraram tentativa de golpe, assim como os ex-ministros Aldo Rebelo e Nelson Jobim.
“Temos mulheres, várias, mais de 70 anos de idade, presas, condenadas a 14 anos de cadeia como golpistas”, afirmou. Ele também questionou a ausência de apreensões de armas nos locais invadidos: “Você vai na polícia militar, na polícia legislativa da Câmara dos Deputados, alguma arma foi apreendida? Não foi”.
Apesar das investigações, Bolsonaro reiterou que pretende disputar as eleições presidenciais de 2026. Disse que não considera indicar um substituto. “Sou o candidato. Não passa pela minha cabeça indicar outro nome”, declarou.
Ele também criticou o que chamou de “ativismo judicial” e mencionou exemplos internacionais de inelegibilidade de opositores: “Aconteceu na Venezuela, com Maria Corina e Capriles. Aconteceu com Marine Le Pen na França”.
Na entrevista, o ex-presidente fez críticas à política externa do atual governo, especialmente na relação comercial com a China. Segundo ele, o Brasil está se tornando dependente economicamente do país asiático. “Quando isso acontecer, a China vai botar o valor no que nós exportamos aqui”, disse.
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Bolsonaro demonstrou respeito por Donald Trump e disse que não pretende dar conselhos ao presidente norte-americano, mas reconheceu que uma eventual anistia poderia ajudar Trump a disputar eleições mesmo com processos em andamento. “Eu o respeito, é um país que é exemplo para nós”, disse.
O ex-presidente ainda comentou sobre a insatisfação com medidas recentes dos EUA, como a possível imposição de tarifas que podem prejudicar o agronegócio brasileiro, setor que, segundo ele, “continua majoritariamente ao seu lado”.
Bolsonaro criticou o que chamou de censura às big techs no Brasil, alegando que plataformas como o X (antigo Twitter) estariam sendo pressionadas pelo STF. Ele afirmou que as empresas de tecnologia podem deixar o Brasil, o que, segundo ele, seria prejudicial tanto para o país quanto para as próprias plataformas.
O ex-presidente defendeu a liberdade de expressão com base na Primeira Emenda da Constituição dos EUA e criticou decisões que, segundo ele, criminalizam os intermediários da informação. “Querem criminalizar o carteiro pelo conteúdo das cartas”, comparou.
Bolsonaro voltou a ressaltar que o Pix foi lançado durante seu governo, em meio à pandemia, e que o sistema incomodou bancos e operadoras de cartões por reduzir custos com transações. “Os bancos perderam todos de 20 milhões de reais por ano”, afirmou.
Segundo ele, a resistência do setor financeiro teria motivado parte das críticas que recebeu durante a campanha eleitoral de 2022, inclusive de grupos da Faria Lima.
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