Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC no
Riscos no varejo mundial crescem diante da guerra tarifária; Brasil tem cenário desfavorável
Publicado 09/09/2025 • 12:11 | Atualizado há 6 horas
Primeiro-ministro perde voto de confiança no Parlamento da França
Dan Ives será presidente de empresa que comprará Worldcoin, apoiada por Sam Altman, para seu tesouro corporativo
Para especialistas, impacto da IA na força de trabalho ainda é ‘pequeno’, mas não é ‘zero’
Gigantes de private equity avançam sobre Wall Street em meio à guerra global por talentos
Volkswagen mira liderança na Europa com aposta em veículos elétricos acessíveis
Publicado 09/09/2025 • 12:11 | Atualizado há 6 horas
Helio Montferre/Ipea
Nenhum varejo no mundo está protegido da guerra comercial tarifária em curso. Conforme estudo da Allianz Trade, líder mundial em seguro de crédito e empresa do grupo Allianz, o varejo dos 66 países analisados corre algum tipo de risco diante da guerra tarifária, das novas demandas do consumidor e da fragilidade das cadeias de suprimento.
Do total, 29 países apresentam risco médio, com sinais de fraqueza ou possível desaceleração. Os demais 37 apresentam risco sensível, indicando fraqueza estrutural e panorama desfavorável. O varejo no Brasil se encaixa nesse último grupo, mas não é o único. Entre os setores brasileiros analisados no estudo, somente a indústria farmacêutica nacional apresenta baixo risco.
“Grandes empresas com amplas reservas de caixa estarão mais bem posicionadas para navegar em águas turbulentas”, afirmou o estudo, assinado por Ludovic Subran, economista-chefe da Allianz Trade. No entanto, diz ele, “empresas menores poderão enfrentar alguns problemas de solvência”.
Diante das tarifas, o principal cenário de risco para as empresas seria um aumento substancial dos custos operacionais. Nesse caso, alguns varejistas poderão ser forçados a modificar suas políticas de terceirização e buscar novos parceiros para evitar aumentos tarifários e repasse de cobranças aos clientes, elevando os preços para proteger margens já reduzidas.
“Uma mudança drástica na política de terceirização pode exigir investimentos elevados”, afirmou o estudo. “Isso pode representar um período de transição de vários anos para os varejistas antes de estarem totalmente operacionais.”
Saiba mais:
CNI aposta em ‘diplomacia empresarial’ e busca diálogo com autoridades dos EUA após tarifaço
Lula fala em ‘chantagem tarifária’ e ‘ameaça’ por parte dos EUA em conversa por vídeo com BRICS
Entre as regiões analisadas, a América Latina é, segundo o estudo, a menos atrativa. A avaliação indica um aumento de apenas 3% ao ano da receita do varejo na região entre 2025 e 2026, devido ao impacto das tarifas. “Esperamos um choque econômico negativo na região devido à nova política tarifária dos EUA.”
Entre os 11 países analisados na região, seis (México, Colômbia, Peru, Equador, Panamá e Chile) apresentam risco médio. Os outros cinco, incluindo o Brasil, têm risco sensível.
Além do ambiente macroeconômico, os varejistas também enfrentam uma mudança de paradigma: o envelhecimento das sociedades nas principais economias desenvolvidas forçará as empresas a adaptar sua proposta de valor ao grupo etário mais velho. “É o grupo que possui maior poder de compra, mas é menos inclinado a gastar de forma supérflua.”
Ao mesmo tempo, a Geração Z apresenta um comportamento de consumo diferente, favorecendo uma experiência integrada, canais digitais e maior personalização dos produtos, além de ser mais seletiva e volátil. “A Geração Z é mais propensa a compras por impulso e exerce influência significativa por meio de suas redes sociais”, afirmou o estudo. “É algo que as empresas não podem ignorar.”
Dos 18 setores da economia brasileira analisados, apenas a indústria farmacêutica apresenta baixo risco diante da guerra comercial. Todos os outros apresentam algum tipo de risco. São dois setores com alto risco: o têxtil e o químico.
Outros 15 apresentam risco sensível, que pode ser de fraqueza estrutural ou de panorama desfavorável. Os dois restantes (serviços de TI e energia) apresentam risco médio, com sinais de fraqueza ou possível desaceleração.
🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais
🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562
🔷 ONLINE: www.timesbrasil.com.br | YouTube
🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings
Mais lidas
Falta de mão de obra qualificada vira crise e afeta 69% das indústrias no Brasil
Israel ataca residências em Doha, capital do Catar, com justificativa de serem alvos do Hamas; preço do petróleo sobe
Dan Ives será presidente de empresa que comprará Worldcoin, apoiada por Sam Altman, para seu tesouro corporativo
Itaú demite mil funcionários após investigação sobre trabalho remoto
Empresas brasileiras precisam se preparar para consumidores 50+ sob risco de perdas trilionárias