“Se nada for feito, déficit de engenheiros chegará a um milhão até 2030”, alerta presidente do Confea
Publicado 02/06/2025 • 15:27 | Atualizado há 3 dias
Publicado 02/06/2025 • 15:27 | Atualizado há 3 dias
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O Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) divulgou os resultados de uma pesquisa nacional sobre o perfil dos profissionais de tecnologia e engenharia no Brasil. O Censo Confea 2024, considerado o maior já realizado pela instituição, ouviu 48 mil profissionais em todos os estados e mapeou a situação da empregabilidade e da formação no setor.
“Se nada for feito até 2030, teremos um déficit de cerca de um milhão de profissionais das áreas tecnológicas e engenharias”, afirmou Vinícius Marchese, presidente do Confea, em entrevista ao jornal Money Times Brasil, do Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC. Segundo ele, o número já preocupa em 2025, com uma falta estimada de 500 mil profissionais no país.
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De acordo com a pesquisa, 92% dos profissionais da área estão empregados, percentual superior à média nacional. Para Marchese, esse cenário se deve a programas estruturantes lançados pelos governos federal e estaduais, que demandam mão de obra especializada para execução de projetos. “Há uma empregabilidade alta porque existe uma necessidade grande de profissionais e recursos disponíveis”, explicou.
Apesar dos números, o levantamento indica desafios na formação. Marchese destacou a evasão nos cursos de engenharia, que perderam cerca de 30% de seus estudantes nos últimos anos. Para ele, uma das razões está na deficiência da educação básica em disciplinas como Matemática e Física. “Os cursos de engenharia têm os maiores índices de evasão. O estudante chega, mas não termina por uma série de dificuldades”, relatou.
O presidente do Confea defendeu a revisão dos currículos e uma aproximação maior com a prática e problemas reais do mercado. Segundo ele, o modelo atual de três a quatro anos de teoria antes do contato com atividades práticas não atende ao perfil da nova geração. “Essa geração precisa saber o porquê está dedicando aquele tempo”, disse.
Outro ponto levantado foi o potencial dos cursos técnicos e do ensino médio com foco em STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática). Marchese considerou que esse caminho pode ajudar a suprir parte da demanda e a desenvolver raciocínio lógico e capacidade de solução de problemas nos estudantes. Ele citou o caso de Portugal, que, segundo ele, transformou a qualificação de seus profissionais nas últimas duas décadas com ações nessa direção.
A pesquisa também apontou o crescimento do empreendedorismo entre engenheiros. Muitos profissionais começam a carreira como CLT e depois abrem seus próprios negócios. Marchese informou que o Confea pretende ampliar o suporte ao empreendedorismo, com mais hubs de inovação e ações de apoio nos conselhos regionais. “Isso precisa ser uma prioridade maior para o sistema e para os CREAs”, concluiu.
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