A Suprema Corte dos EUA disse na segunda-feira que não analisaria a apelação de Ghislaine Maxwell, a ex-socialite britânica que foi condenada por tráfico sexual relacionado ao abuso sexual de meninas menores de idade por Jeffrey Epstein.
A decisão ocorre no momento em que a administração Trump continua a ser alvo de críticas por sua recusa em liberar os arquivos de investigação sobre Epstein e Maxwell, apesar de promessas anteriores de tornar esses documentos públicos.
A Suprema Corte não indicou quantos de seus nove juízes, se algum, teriam concedido o pedido de Maxwell para analisar sua apelação.
Os advogados de Maxwell argumentaram ao tribunal que ela não deveria ter sido processada em primeira instância pelas autoridades federais em Nova York.
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Eles citaram um acordo de não-persecução criminal que Epstein obteve do Gabinete do Procurador dos EUA para o Distrito Sul da Flórida, que incluía uma cláusula de que os Estados Unidos não apresentariam quaisquer acusações criminais contra “quaisquer potenciais co-conspiradores de Epstein.”
Epstein, sob os termos desse acordo, declarou-se culpado em 2008 de acusações estaduais da Flórida relacionadas à aquisição de uma menor para prostituição.
Maxwell, de 63 anos, está cumprindo uma sentença de 20 anos de prisão por seus crimes.
Ela foi condenada no tribunal federal de Manhattan em 2022, três anos depois que Epstein se matou em uma prisão federal pouco depois de ser preso sob acusações de tráfico sexual de menores.
Com a ordem da Suprema Corte na segunda-feira, a esperança final de Maxwell de conseguir uma libertação antecipada pode estar em obter um perdão ou comutação de sentença do presidente Donald Trump, que é um ex-amigo tanto dela quanto de Epstein.
“Estamos, é claro, profundamente desapontados que a Suprema Corte tenha se recusado a analisar o caso de Ghislaine Maxwell”, disse o advogado de Maxwell, David Oscar Markus, em um comunicado.
“Mas esta luta não acabou”, disse Markus. “Sérias questões legais e factuais permanecem, e continuaremos a buscar todas as vias disponíveis para garantir que a justiça seja feita.”
Maxwell está atualmente detida em uma prisão de segurança mínima no Texas. Ela foi transferida para lá de uma prisão mais fechada na Flórida logo após uma entrevista de dois dias com o Vice-Procurador-Geral dos EUA, Todd Blanche.
A transferência de Maxwell para uma prisão de segurança mínima exigiria uma dispensa sob a política do Bureau of Prisons porque ela é uma criminosa sexual condenada.
Blanche é o ex-advogado de defesa criminal de Trump.
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